Estas patentes apontam para um grupo Shimano eletrônico completamente sem fio
O registro de duas patentes revela que a Shimano pode ter em mãos o design de um grupo eletrônico e sem fio. O gigante japonês estaria trabalhando nessa linha que lhe permitiria igualar em tecnologia seus dois maiores rivais de mercado. Algumas especulações apontam que os primeiros modelos podem ser concebidos para gravel.
Shimano se junta à festa: um novo grupo eletrônico e sem fio no horizonte ciclístico?
O ciclismo convive com constantes novidades que os fabricantes se encarregam de anunciar com alarde. A roda da evolução gira sem parar em busca do próximo invento que revolucione o mercado. A transmissão -os grupos em geral- costumam ser alguns dos elementos que mais chamam a atenção, apesar de que parece que a Shimano pretende seguir uma linha continuísta para se alinhar com os outros grupos eletrônicos sem fio já existentes.
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Parece que a Shimano começou o ano com a intenção de deixar para trás um 2023 repleto de notícias negativas -a queda dos lucros, a polêmica pelas condições de trabalho de um de seus fornecedores ou o recall milionário de milhares de pedivelas-. Se alguns meses atrás foi patenteada uma suspensão eletrônica para MTB, agora a Shimano está caminhando para um grupo eletrônico e sem fio.
SRAM foi o primeiro a lançar no mercado esse tipo de grupos. A empresa americana saiu na frente e foi preciso esperar um tempo para que Campangolo lançasse sua versão, enquanto no mês passado apareceu a chinesa L-Twoo.
Por sua vez, o grupo Di2 da Shimano é eletrônico mas não possui uma tecnologia totalmente sem fio; ou seja, enquanto as alavancas estão livres de fios, a conexão entre a bateria e o câmbio e o desviador é com fio. No entanto, o catálogo do gigante japonês pode mudar em breve se as patentes recentemente registradas acabarem sendo concretizadas.
A Shimano registrou duas patentes nas quais é possível ver que cada desviador possui sua própria bateria e que estariam projetados para funcionar de forma sem fio. O próprio documento se encarrega de explicar este ponto: "Cada um dos componentes da bicicleta RD (câmbio traseiro) e FD (câmbio dianteiro) inclui uma fonte de energia elétrica como uma bateria".
A patente também inclui a possibilidade de que a conexão bateria-câmbios seja feita por cabos, embora isso possa ser uma resposta à necessidade habitual de proteger a propriedade intelectual das invenções; a aposta da Shimano por um grupo eletrônico sem fio parece clara.
Outra das linhas-chave do texto afirma que "o câmbio traseiro está configurado para estar conectado de forma sem fio ao câmbio dianteiro".
A chegada deste sistema poderia acontecer primeiro na linha GRX de gravel. Essas suposições se baseiam no desenho que a Shimano utiliza para ilustrar como o grupo ficaria montado na bicicleta. Os japoneses optam por mostrá-lo com o desenho de uma bike com suspensão no garfo mas com rodas finas, uma pista do que poderia ser o futuro imediato deste invento.
Por enquanto, isso é tudo o que se sabe sobre o novo grupo em que a Shimano estaria trabalhando. As patentes são apenas possibilidades, intenções que somente o tempo dirá se se materializam. Ainda assim, parece coerente pensar que verá a luz tarde ou cedo se forem levados em conta os catálogos da concorrência e a direção para a qual a indústria está caminhando.