Tom Boonen quer voltar a competir e será de gravel

Depois de 6 anos aposentado do ciclismo, o 4 vezes campeão do Paris-Roubaix Tom Boonen sente mais uma vez o chamado da bicicleta e da competição, pensando em enfrentar uma prova de mountain bike ou gravel onde pode até ser um dos nomes de referência no Mundial de Gravel.

Gravel continua seduzindo os grandes nomes do ciclismo

O programa Velofollies do conhecido canal esportivo belga Sportza contou com a presença de Tom Boonen, que veio promover o sistema de marchas no cubo Classified em cuja marca tem participação, presença que deu origem a um animado bate-papo tendo o ciclismo como tema central.

Um discurso que rendeu manchetes interessantes quando Tom Boonen, aos 42 anos e depois de seis anos desde que encerrou sua vitoriosa carreira esportiva, fora dos holofotes, declarou que foi novamente picado pelo bichinho do ciclismo e que está pensando em participar de uma competição novamente.

Obviamente, Boonen não se refere ao regresso ao pelotão profissional, mas sim alguma prova de MTB, apontou para a Roc du Maroc, uma prova de 6 etapas pelo Marrocos; ou alguma corrida de gravel, sem especificar nenhuma em particular.

Desde sua aposentadoria, Toom Boonen havia praticamente desaparecido da vida pública, priorizando sua família e sua outra grande paixão, o automobilismo, muito acima da bicicleta. De fato, ele tem competido sobre quatro rodas em eventos como a VW Fun Cup a bordo de um clássico Volkswagen Fusca ou a NASCAR Whelen Euro Series. De qualquer forma, seu amor pelo ciclismo não desapareceu.

Destacou o crescimento que a gravel tem experimentado e o potencial que esta disciplina tem pois, na sua opinião, volta à essência do ciclismo. Uma disciplina que cabe como uma luva a um dos melhores sobre paralelepípedos de todos os tempos, aliás, é o recordista de vitórias na Paris-Roubaix, com 4 vitórias, honra que partilha com outra lenda belga como Roger de Vlaeminck.

Declarações de volta à competição em gravel que até nos fazem fantasiar em ver dois monstros das clássicas como ele e Mathieu Van der Poel, competirem mano a mano, por exemplo, no próximo Campeonato Mundial de Gravel, prova que contou este ano com grande participação de profissionais e ex-profissionais da estrada.

Também não descartou a possibilidade de assumir a direção de uma equipe, opção que poderia ter escolhido após sua aposentadoria, quando lhe foi oferecido um cargo na equipe QuickStep, embora, na época, " quisesse fazer algo diferente, dar um tempo”, declarou Tom Boonen em seu discurso no Sporza.

Boonen também falou sobre o ciclismo atual, elogiando a nova joia QuickStep Remco Evenepoel. E surpreendeu com suas palavras falando sobre o potencial do ciclista Lotto-Dstny Arnaud de Lie, a quem definiu como um cruzamento entre o melhor Boonen e o melhor Philippe Gilbert, mostrando que espera muito dele.