270 milhões de sauditas impulsionarão a Superliga de Ciclismo
Continuam sendo conhecidos detalhes da Superliga Ciclística que o grupo de equipes que a impulsiona pretende alcançar uma melhor distribuição dos benefícios gerados pelo ciclismo, atualmente, quase exclusivamente nas mãos dos grandes organizadores de corridas como ASO, RCS ou Flanders Classics.
SRJ Sports Investments seria o principal investidor da Superliga Ciclística
SRJ Sports Investments, uma empresa pertencente ao fundo de investimento público da Arábia Saudita parece se confirmar como principal investidor da Superliga Ciclística que continua sendo impulsionada por diferentes equipes do World Tour em busca de uma transformação total do paradigma deste esporte.
Lembramos que o projeto One Cycling, nome pelo qual seria conhecida a Superliga Ciclística, nasce com a intenção por parte das equipes impulsionadoras de assumir o controle da competição frente a uma situação atual em que os benefícios gerados acabam quase exclusivamente nas mãos dos grandes organizadores. Por outro lado, em um esporte cada vez mais caro, as equipes continuam dependendo exclusivamente do que seus patrocinadores fornecem.
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O investimento da SRJ Sports Investments se enquadraria em um processo de diversificação do investimento por parte da Arábia Saudita que nos últimos anos está impulsionando outros tipos de renda além dos gerados pelo petróleo. Entre esses investimentos estariam outros como o patrocínio de Al-Ula, cidade árabe patrimônio da humanidade, cujo nome é exibido no Jayco-AlUla e este ano a primeira edição do AlUla Tour, corrida de categoria 2.1 que substitui o Saudita Tour. Além disso, a SRJ Sports Investments tem interesses em outros esportes como futebol, golfe ou automobilismo.
Embora as negociações para a constituição da Superliga Ciclística continuem, chama a atenção que apenas 8 equipes tenham aderido ao projeto, entre elas, Visma-Lease a Bike, principal impulsionadora da Superliga ou EF Education-EasyPost, Lidl-Trek, INEOS Grenadiers, Bora-Hansgrohe ou Soudal-QuickStep.
Como era de se esperar, tanto a ASO quanto a RCS, organizadoras do Tour e Giro da Itália além de outras corridas, mantiveram-se à margem das negociações do projeto da Superliga Ciclística. No entanto, rumores sugerem que a Flanders Classic, empresa que organiza as principais clássicas belgas, parece estar receptiva ao projeto da Superliga Ciclística e a chegar a algum tipo de acordo com as equipes para a distribuição dos benefícios.
Por sua vez, a UCI mantém um perfil baixo neste aspecto à espera de ver como as negociações se desenrolam, embora, em princípio, seu presidente David Lappartient tenha se mostrado aberto a algum tipo de reforma na organização do ciclismo.