A Superliga de Ciclismo continua ganhando força e poderia mudar este esporte para sempre

Autoestrada 09/01/24 16:45 Migue A.

Continua a disputa entre as equipes, com o diretor geral da Visma-Lease a Bike à frente, com os organizadores das corridas para repensar a organização do ciclismo, tornar este esporte mais lucrativo e, o mais importante no final das contas, participar dos lucros que são gerados que, atualmente, recaem quase inteiramente nos grandes organizadores.

Parecer-se com a Fórmula 1. Objetivo da Superliga de ciclismo.

O que até algumas semanas atrás parecia ser o habitual descontentamento das equipes de ciclismo, está ganhando força e ameaça mudar o ciclismo como o conhecemos desde o seu início no alvorecer do século XX.

O projeto da Superliga de ciclismo, impulsionado pelas equipes, necessitadas de maiores fontes de renda devido ao aumento dos orçamentos ano após ano, já que, como sempre aconteceu, estes dependem apenas das contribuições dos vários patrocinadores. Enquanto isso, aspectos como direitos de transmissão ou de imagem são recebidos quase exclusivamente pelos organizadores das corridas e, nem mesmo por todos, já que são os grandes organizadores, aqueles que monopolizam a organização das grandes provas como ASO/Unipublic, RCS ou Flanders Classics quem leva a maior parte do bolo.

Uma Superliga que conta, como figura de proa com o diretor geral da Visma-Lease a Bike, Richard Plugge e já foi batizada como One Cycling. Plugge é claro sobre a necessidade de uma Superliga: “O negócio do ciclismo gira em torno de 500 milhões enquanto que o da bicicleta em geral está em 55.000 milhões” segundo declarou o dirigente em meios belgas.

Richard Plugge tem claro para onde o ciclismo deve se dirigir: “Queremos fazer do ciclismo uma Fórmula 1” afirmava com firmeza, embora não tenha revelado nem se sabe qual seria o formato e calendário desta nova Superliga, embora Plugge apontasse "precisamos ter um calendário, com um número limitado de corridas nas quais estejam os melhores corredores". De qualquer forma, o projeto One Cycling teria um formato de liga com o qual se buscaria atrair novos patrocinadores, bem como controlar os direitos como acontece em competições como a mencionada Fórmula 1, NBA, UFC, etc.

Um projeto que, apesar do barulho de fundo que vem gerando ainda parece estar bastante verde e carente de definição. Por enquanto, a temporada 2024 começa como tem sido habitual, com as corridas australianas. Será necessário estar atento à evolução desta aposta e, claro, à resposta dos organizadores, especialmente da ASO, que certamente não estarão dispostos a ceder os privilégios que vêm desfrutando desde que alcançam os arquivos.

Também não se faz referência, como sempre acontece com estas propostas, ao destino que esperaria as corridas menores que, em maior ou menor medida ainda têm sua relevância no calendário como as pequenas voltas do início da temporada, semi-clássicas, as provas italianas de setembro, etc. Nem o que aconteceria com as equipes mais modestas que não pudessem acessar esta competição elitista. 

Sem ir mais longe, temos o precedente da chegada do World Tour, que inicialmente partia de uma ideia similar à que agora se propõe para a Superliga, impulsionada na sua época pelo que era diretor da ONCE, Manolo Sainz. A criação do World Tour foi o golpe de misericórdia para muitas competições que eram organizadas de forma totalmente artesanal, às vezes pelo impulso de uma única pessoa, frente ao paradigma de total profissionalização que foi implantado. Também significou o desaparecimento de um grande número de equipes, incapazes de enfrentar as exigências econômicas das categorias superiores e que foram praticamente expulsas dos holofotes da competição.

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