Mads Pedersen vence a 13ª etapa da La Vuelta 2022

O ex Campeão do Mundo Mads Pedersen conseguiu finalmente somar uma vitória de etapa que lhe tinha escapado apesar de ter estado em posições de honra em todas as chegadas rápidas desta edição. Consegue assim vencer, na mesma temporada no Tour e na La Vuelta em um ano muito marcante para o dinamarquês.

Mads Pedersen brilha na chegada a Montilla da La Vuelta.

Novo dia de transição nesta Vuelta a España 2022, a calmaria que antecede a tempestade que se forma ao longo do fim de semana com as chegadas a La Pandera, no sábado e aquela que é presumivelmente a etapa rainha desta edição com a meta de Sierra Nevada.

O dia começou agitado quando Juan Ayuso, 5º classificado na classificação geral, testou positivo para covid. A polêmica surgiu quando foi anunciado que ele iria continuar na corrida por ter uma carga viral baixa que supostamente não o torna contagioso.

No entanto, não foi possível evitar o agravo comparativo com os casos de abandono conhecidos esta semana. Em princípio, o protocolo UCI indica que efetivamente se pode continuar se o ciclista acometido apresentar carga viral baixa, algo que só se reflete em um teste de PCR que, como sabemos, demanda tempo para ser realizado.

No caso dos abandonos ocorridos esta semana, os ciclistas não tiveram a possibilidade de realizar um PCR após o positivo no teste de antigenos, pelo que não tiveram outra alternativa senão o abandono. No caso da UAE Team Emirates, a equipe tem equipamento para realizar testes de PCR e, tal como aconteceu no Tour de France com Rafal Majka, conseguiu validar o nível de afetação do corredor para, após receber a aprovação da UCI, poder mantê-lo na corrida.

De qualquer forma, a polêmica estava servida e ciclistas como Ángel Madrazo e Manuel Peñalver, cuja equipe teve que largar com 7 corredores, ou José Herrada, forçado a sair apesar de assintomático, reclamaram amargamente nas redes sociais sobre desvantagens comparativas.

Com foco no esporte, o dia ofereceu um percurso praticamente plano entre Ronda e Montilla em um dia que deveria ser uma nova oportunidade para os velocistas brilharem, exceto porque os últimos 5 quilômetros poderiam eliminar alguns deles e abrir o leque de candidatos à vitória em esta décima terceira etapa de La Vuelta.

De fato, a etapa começou com o padrão típico desses percursos: fuga de início, desta vez composta por Julius Van der Berg, Joan Bou e Ander Okamika, que rapidamente conquistaram a liderança, e Cofidis, Trek-Segafredo e BikeExchange tomaram controle no pelotão para mantê-los à poucos metros e não complicar a caçada no final da etapa.

No entanto, eles não conseguiram alcançar a fuga antes do sprint intermediário, que nesta etapa estava localizado na cidade de Espejo, a apenas 14,4 km da linha de chegada, então Mads Pedersen só conseguiu somar 13 pontos para ampliar sua vantagem na classificação da camisa verde que, por outro lado, não está em perigo no momento, dobrando os pontos do segundo classificado, Marc Soler.

Faltando 9,5 km, finalmente são neutralizados e começa a preparação para a disputa da etapa já que, como indicamos, a parte final é em subida quase contínua, embora o forte vento frontal nesta zona acalme o nervosismo habitual nesta fase da etapa.

A 1 quilómetro do final, antes de entrar na última subida, a Jumbo-Visma assume a liderança como se fosse uma equipe de velocistas, perturbando toda a organização anterior, mas apenas para deixar Roglic numa posição confortável.

Ainda assim Pedersen mantém uma boa colocação. Ackerman, que estava em sua roda, lançou a chegada tentando surpreendê-lo, mas o ciclista da Trek-Segafredo vê o movimento e, consegue voltar e alcançar a vitória merecida que parecia esquivar-lhe nesta Vuelta a España. A chegada do ciclista alemão levaria muito tempo, sendo superada até mesmo por Bryan Coquard.

Classificação Etapa 13

1. Mads Pedersen (Trek-Segafredo) +03h46’01’’
2. Bryan Coquard (Cofidis) m.t.
3. Pascal Ackermann (UAE Team Emirates) m.t.
4. Fred Wright (Bahrain-Victorious) m.t.
5. Danny Van Poppel (Bora-Hansgrohe) m.t.
6. Quentin Pacher (Groupama-FDJ) m.t.
7. Jesús Ezquerra (Burgos-BH) m.t.
8. Maxim Van Gils (Lotto-Soudal) m.t.
9. Primoz Roglic (Jumbo-Visma) m.t.
10. Urko Berrade (Kern Pharma) m.t.

Classificação Geral

1. Remco Evenepoel (QuickStep-Alpha Vinyl) 48h11’10’’
2. Primoz Roglic (Jumbo-Visma) +02’41’’
3. Enric Mas (Movistar Team) +03’03’’
4. Carlos Rodríguez (INEOS Grenadiers) +04’06’’
5. Juan Ayuso (UAE Team Emirates) +04’53’’
6. Wilco Kelderman (Bora-Hansgrohe) +06’28’’
7. Miguel Ángel López (Astana) +06’56’’
8. Joao Almeida (UAE Team Emirates) +07’18’’
9. Jan Polanc (UAE Team Emirates) +08’00’’
10. Tao Geoghegan (INEOS Grenadiers) +08’05’’