10 truques para descer com mais segurança e rapidez com a bicicleta de estrada

Autoestrada 21/04/22 18:59 Guilherme

As descidas são para muitos ciclistas um mal inevitável que deve ser sofrido no ciclismo. O que normalmente é divertido e uma recompensa após o esforço da subida torna-se para eles uma situação extremamente estressante e uma provação que lhes causa ainda mais cansaço, tanto físico quanto mental, do que pedalar em si.

É hora de remediar. Aplique esses pequenos truques que explicamos abaixo e você verá como pouco a pouco você começará a desfrutar da descida.

Dicas para aproveitar as descidas com a bicicleta de estrada e ir cada vez mais rápido

  1. A bicicleta pronta

Verificar a bicicleta antes de cada pedalada e mantê-la em perfeito funcionamento é essencial para descer bem. Precisamos confiar que o material não vai falhar quando estivermos a 50 ou 60 km/h.

Transmissão lubrificada e ajustada, não há nada pior do que um salto ou uma queda de corrente quando vamos pedalar na saída de uma curva; ausência de folgas nas rodas e direção que não forcem um esforço excessivo para dirigir a bicicleta para onde queremos; e verifique se os parafusos do guidão e da mesa, bem como as blocagens das rodas, estão bem apertados para evitar sustos.

  1. Escolha a pressão correta

Quando você pergunta à maioria dos ciclistas qual pressão usam nos pneus, a maioria responde diretamente 8 bar, e não estamos mais falando daqueles que usam tubulares e colocam 10-11 bar. É o que eles sempre usam sem considerar se os pneus que têm são tubulares ou sem câmara, são mais ou menos flexíveis, a largura deles ou o estado das estradas onde vão pedalar.

Um erro comum é usar uma pressão excessiva, pensando que assim vamos pedalar melhor e o que obtemos é o resultado contrário, pois a força de nossa pedalada é transmitida pior ao asfalto e, quando chegam as descidas, temos menos superfície de contato que nos dá aderência.

Escolher a pressão certa ainda é uma questão pessoal, porém poucas pessoas experimentam pressões diferentes. Um bom ponto de partida é seguir as recomendações do fabricante dos nossos pneus e depois experimentar as sensações que temos em percursos conhecidos, variando para cima ou para baixo até encontrarmos os valores que nos dão mais confiança.

Para dias de chuva, um pequeno truque é retirar 2 ou 3 décimos da pressão que normalmente usamos para sacrificar um pouco a qualidade de rolagem em troca de um pouco mais de superfície de contato, que sem dúvida agradeceremos com a superfície escorregadia. .

  1. Bem posicionado na bicicleta

O cicloturista comum muitas vezes só recorre à ajuda de um bike fit quando sofre uma lesão que limita sua capacidade de pedalar. Além de prevenir problemas físicos ou aproveitar melhor nossa força, uma boa posição na bicicleta também é garantia de melhor controle sobre nossa máquina.

Não é incomum ver ciclistas que nunca usam a curva do guidão ou, se o fazem, pedalam com os braços tensos. Nem aqueles que têm os manetes de freio colocados de forma que somente os alcancem com a ponta dos dedos.

Além disso, é fundamental que nosso corpo esteja posicionado de forma que o centro de gravidade do conjunto bicicleta/ciclista fique o mais centrado possível entre os dois eixos ou, no máximo, um pouco à frente.

Uma posição muito para trás tira o peso da direção, reduzindo a capacidade de aderência da roda dianteira, enquanto uma posição muito para frente dificulta a entrada da bicicleta nas curvas, criando por sua vez instabilidade na traseira.

  1. Segure embaixo

Uma rápida olhada na fita de guidão dos companheiros de grupo nos permite descobrir como a maioria delas está claramente desgastada na parte superior e na área dos manetes e, no entanto, permanecem intocadas na curva do guidão.

Quando perguntamos por que eles nunca seguram essa área, a resposta na maioria das vezes se deve à sensação de insegurança que essa posição gera, muitas vezes devido a medidas incorretas que, em alguns casos, fazem com que mal alcancem essa pegada.

No entanto, segurando abaixo, conseguimos uma aderência mais sólida que evitará sustos em caso de um obstáculo imprevisto. Além disso, ao abaixar o tronco, também abaixa o centro de gravidade, o que melhora a estabilidade. Por último, e talvez o mais importante, acionamos os freios de uma posição onde podemos exercer maior alavanca, alcançando assim uma capacidade de parada muito mais eficiente.

  1. O freio dianteiro é o que te para

O medo de não conseguir parar a bicicleta quando a velocidade aumenta nas descidas e a próxima curva se aproxima é sem dúvida a situação mais estressante enfrentada por quem sofre nas descidas. Estar ciente da técnica adequada na hora de parar a bicicleta pode nos ajudar a lidar com esse medo.

Como regra geral, devemos frear com a bicicleta em linha reta ao aproximar-se da curva, pois fazê-lo com a bicicleta inclinada pode levar à perda de aderência em uma das rodas. Se isso acontecer na dianteira, a queda é praticamente inevitável.

Aplicaremos maior ou menor intensidade dependendo da velocidade que estivermos e se a curva for mais ou menos fechada, mas sempre de forma progressiva e com maior ênfase no freio dianteiro, que é o que realmente para a bicicleta, utilizando o freio traseiro como mero suporte. Deslocar o peso corporal para trás o máximo que o selim permitir e adicionar um ponto de tensão aos braços nos ajudará a segurar os freios e a aplicar mais força.

A grande questão vem quando chegamos ao ponto de entrada da curva onde devemos lutar contra a nossa cabeça para soltar o freio e inclinar a bicicleta para o interior da curva. Se continuarmos exercendo força, será difícil para nós virarmos a bicicleta devido ao peso extra que o pneu dianteiro suporta.

Durante o traçado, se o raio da curva permitir, soltaremos os freios para deixar a bicicleta correr em direção à saída do lado de fora da curva enquanto, se a curva for muito fechada ou inclinada, podemos usar o freio traseiro para manter a bicicleta na linha desejada.

  1. Controle a inclinação

Como a bicicleta vira? Uma pergunta aparentemente simples, mas à qual poucos sabem dar a resposta adequada. Obviamente, é a força que exercemos no guidão que faz com que a bicicleta vire, embora não da maneira que você pensa.

A mais de 30 km/h a bicicleta tende a manter a sua posição vertical graças ao efeito giroscópio causado pelas rodas girando. É exercendo uma força no eixo dianteiro que a reação resultante faz com que o conjunto se incline de tal forma que se virarmos o guidão para a direita a bicicleta se inclina para o lado esquerdo enquanto se virarmos o guidão para a esquerda a bicicleta vai para a direita. Ao contrário do que poderíamos intuir. É o que no mundo das motocicletas conhecem como contra-direção.

Conhecendo esta reação e aplicando força de forma consciente e controlada, conseguimos ter uma ferramenta que nos permite atingir o grau de inclinação desejado em cada momento, sabendo que podemos endireitar a bicicleta se necessário com uma ligeira pressão dos nossos braços.

  1. Antecipar

Não há nada mais estressante em uma descida do que a sensação de que nosso trabalho está se acumulando e que estamos encontrando uma surpresa atrás da outra. Este é um ponto que nunca deveríamos chegar, pois mais cedo ou mais tarde acabaremos cometendo um erro que pode nos levar ao chão.

Para evitar que isso aconteça, nada melhor do que antecipar o que vamos encontrar olhando para cima e olhando para longe para que possamos intuir o traçado das curvas seguintes antes que elas cheguem, tentar ver carros que se aproximam algumas curvas abaixo e descobrir com tempo para evitar quaisquer obstáculos na estrada.

Também importante ao usar a vista é levar em consideração a tendência de direcionar a bicicleta para onde olhamos. Não é incomum que às vezes tentamos evitar um buraco, ficamos com os olhos fixos nele e o que conseguimos é que a bicicleta acabe passando exatamente nele. No entanto, podemos usar essa tendência a nosso favor se, ao traçar uma curva, fixarmos nossos olhos no vértice da curva e, depois de passá-la, no ponto de saída.

  1. Conheça a descida

É evidente que numa estrada conhecida descemos sempre com mais confiança do que numa que passamos pela primeira vez. Felizmente, hoje temos ferramentas que nos permitem saber o que vamos encontrar.

Nada melhor para descobrir os detalhes de uma descida do que a ferramenta Street View da google com a qual podemos percorrer cada metro de praticamente qualquer estrada, visualizando o tipo de curvas que possui ou o estado geral do asfalto.

Já na bicicleta, nosso ciclocomputador GPS pode ser de grande ajuda para prever o que vamos encontrar na descida. Se selecionarmos uma tela com o mapa, podemos dar uma olhada rápida entre as curvas no traçado da estrada para ver o que vem a seguir.

  1. Relaxe

É difícil recomendar a quem tem medo de descer com a bicicleta que a solução está em relaxar. No entanto, é algo que temos que tentar aplicar por todos os meios, pois a tensão muscular nos braços e pernas faz com que não possamos agir na direção com precisão e soframos cada mínima irregularidade na estrada.

Um truque útil é notar se estamos com os braços semiflexionados no guidão ao invés de retos. Também pode nos ajudar, quando sentimos que estamos ficando rígidos, sacudir brevemente os braços e as pernas para soltá-los.

  1. Prática

Como qualquer outra habilidade psicomotora, repetição e prática levam a dominá-la cada vez mais. Procurar rotas onde encontramos descidas e colocar em prática os pontos acima nos tornará cada vez melhores nas descidas.

Outra ajuda inestimável é ter um parceiro que desça bem e que tenha paciência para ir definindo as linhas para nós sem forçar o ritmo para ganharmos confiança aos poucos.

Você tem algum outro truque que usa para se sentir mais confiante nas descidas? Conte-nos em nossas redes sociais.

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