Em 2022 foram 29 casos de suspeita de doping no ciclismo
O Movimento pelo Ciclismo Credível (MPCC, na sigla em francês) registrou um total de 29 casos suspeitos de doping em 2022. Apesar disso, o positivo de Nairo Quintana é o único caso registrado no World Tour, o dado mais baixo das últimas duas décadas.
O doping sobrevoa as equipes continentais
O ciclismo decidiu há muito tempo começar a fazer controles antidoping. Uma perseguição que se intensificou ao longo dos anos, embora até hoje continuem aparecendo alguns casos.
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O MPCC, grupo de equipes, corredores e organizadores que lutam contra o doping, apresentou seu relatório anual no qual coleta dados de federações, agências antidoping, tribunais e artigos de imprensa. Com tudo isto, recolheu 29 casos de suspeita de doping no ciclismo profissional.
Se olharmos para o total de casos, é a segunda pior pontuação dos últimos oito anos (atrás apenas de 2019) e representa 10 casos a mais do que em 2021. No entanto, os dados deste ano indicam a boa saúde geral da elite do ciclismo: apenas 2 casos nas equipes World Tour e Pro Team, o número mais baixo desde o caso Festina.
O doping mais notório da última temporada foi o positivo para tramadol de Nairo Quintana no Tour de France. O corredor colombiano foi desclassificado da prova francesa e expulso da Arkéa-Samsic, equipe em que corria. Este é o único caso dentro de uma equipe do World Tour que o MPCC teve conhecimento.
Pelo contrário, a maior parte dos casos de suspeita de doping envolve equipes continentais de estrada. No total, 12 casos. Entre eles, destaca-se o ocorrido no grupo português W52-FC Porto, que "foi dissolvido depois de a polícia ter trazido à tona um possível doping organizado", segundo o próprio MPCC.
Os 29 casos totais correspondem a 15 países. Verifica-se que há muito menos incidência de doping em corredoras, já que os casos na categoria feminina permanecem em 6; enquanto os outros 23 correspondem a masculina.
Por disciplina, o MPCC mostra que 19 são de estrada, 5 de pista, 1 MTB, 1 ciclocross, 2 BMX e um não especificado.
O MPCC tem cada vez mais equipamentos
A associação nasceu em 2007 com o objetivo de promover o ciclismo sem trapaças que adulterem a competição. O MPCC não exige que ninguém faça parte dele, mas que todos os integrantes sejam voluntários. Assim que entram, concordam em cumprir um decálogo de regras e comportamentos.
Atualmente, o MPCC conta com 1.124 membros, incluindo 30 equipes profissionais entre masculinos e femininos (15 World Tour e 15 Pro Team), 21 equipes continentais e 393 corredores.