As rodas hookless são uma fraude: afirma um ex-diretor técnico da Zipp

Em uma entrevista em um podcast, Josh Porter, ex-presidente do Comitê Técnico de Rodas de Bicicleta, ex-diretor técnico da Zipp, ex-consultor de várias equipes ciclísticas profissionais e atualmente diretor executivo na empresa de componentes Silca, fez declarações duras sobre as rodas hookless na estrada.

A polêmica sobre o hookless no ciclismo de estrada não para

Porter foi claro ao falar sobre as rodas hookless diante das dúvidas de um ouvinte do podcast que perguntou sobre a possibilidade de usar um pneu de 25 mm em um jogo de rodas Hunt. "nenhuma vantagem em desempenho e um risco para a segurança". Foi assim que Josh Porter se mostrou contundente.

Para aprofundar a ferida, Porter apontou as marcas que se aventuraram na fabricação de rodas tipo hookless apenas para reduzir os custos de produção como culpadas conscientes.

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Segundo Josh Porter, as rodas hookless não apenas não proporcionam benefícios aerodinâmicos, mas são piores devido à necessidade de usar um pneu mais largo para uma determinada largura de roda, que por si só já deve ser larga para lidar com as baixas pressões necessárias no sistema. Pneus que acabam tendo uma largura efetiva maior do que a nominal devido ao menor suporte que o hookless oferece nos flancos, fazendo com que eles se alarguem ligeiramente em comparação com se fossem usados em rodas tubeless de seção convencional.

Também apontou a margem de erro estreita deixada pelas rodas hookless, ao mesmo tempo em que observou em testes de laboratório pneus desmontando com apenas 78-80 psi (5,3 - 5,5 bar) quando a pressão máxima estabelecida pela ETRTO é de 5 bar. Uma margem de segurança muito estreita que pode estar por trás de acidentes como o sofrido por Thomas de Gendt no ano passado e que desencadeou uma investigação por parte da UCI que resultou na obrigação de seguir os padrões estabelecidos pela ETRTO, de fato, pouco depois desse incidente, a Vittoria lançou seus pneus na medida 700x29 para cumprir esse requisito.

Por outro lado, marcas como Zipp defendem os benefícios do sistema hookless. Embora admitam que seja mais barato produzir rodas hookless, indicam que esse sistema permite fabricar rodas mais leves e mais resistentes a impactos.

No entanto, estamos vendo como marcas como Orbea com sua nova linha de rodas Oquo ou uma defensora do hookless até agora como ENVE em suas novas SES 4.5 PRO estão apostando em seus últimos produtos no chamado minihook, rodas com ganchos mínimos em seus flancos que melhoram a fixação do pneu e, ao mesmo tempo, têm as vantagens do hookless em termos de simplicidade, leveza e robustez.