5 maneiras de arruinar sua participação em uma corrida de bicicleta

Autoestrada 26/05/22 21:17 Guilherme

Descubra o que você não deve fazer se não quiser estragar aquela prova para que está treinando há tanto tempo.

Como estragar uma corrida em 5 passos simples

Maio, junho e julho são os meses em que se concentra a maior parte das provas de ciclismo do calendário. Certamente muitos de vocês passaram meses preparando conscienciosamente esse desafio a que se propuseram. Mas, o dia D chega e tudo vai por agua abaixo, deixando-nos com um traço de decepção.

Depois de uma prova, o normal é fazer um balanço e tentar analisar objetivamente como se saiu. Em muitas ocasiões que o final não é o que desejávamos não depende de nós, mas de fatores externos que não podemos controlar. Há pouco a fazer nesses casos. No entanto, muitas vezes, levados pela euforia do dia ou pelo mau planejamento, somos responsáveis ??pelas coisas não saírem conforme o planejado. Esses são alguns dos erros mais típicos que arruínam nossos objetivos.

1 - Ritmo excessivo

Não falha em nenhuma prova. É dar o sinal de largada e todos começam como se a prova fosse acabar no topo da primeira montanha. Sabemos que no ciclismo as tácticas contam tanto ou mais do que o nosso próprio ritmo e, muitas vezes, um pouco de esforço extra para integrar um grupo pode significar que numa secção posterior poupemos muita força.

No entanto, uma coisa muito diferente é sair dando tudo sem ter consciência do que vem pela frente. Não é estranho ver estes ciclistas completamente exaustos na parte final da prova.

A solução é ter clareza sobre nossos ritmos e cabeça fria para deixar de lado um grupo em que pedalamos mais rápido do que somos capazes de suportar. O medidor de potência, se o usamos, ou o monitor de frequência cardíaca pode ser aquele anjo da guarda que nos diz se estamos indo além de nossas possibilidades. A experiência neste tipo de prova também será um fator importante que nos permitirá decidir se devemos continuar ou tirar o pé. De qualquer forma, é sempre melhor errar para o lado conservador do que acabar pregado, o que pode até nos levar ao abandono.

2 - Não estudar o percurso

Quando falamos sobre as grandes corridas do calendário, o percurso geralmente não é um problema. Muitas vezes lemos tanto sobre ele, que quando chegamos à prova, temos a estranha sensação de que já estivemos lá antes.

A questão surge quando vamos a uma prova que passa por uma zona que não conhecemos e não é tão famosa. A maioria simplesmente dá uma olhada no perfil da prova, que nem sempre reflete a realidade, e observa as características gerais das montanhas que serão escaladas: distância, inclinação média, desnível.

Se nos atermos apenas a esses dados superficiais, é muito possível que tenhamos alguma surpresa que suponha um gasto de forças que não contávamos, na forma de trechos aparentemente planos que são sobe e desce cheio de trechos íngremes ou trechos em que a estrada se deteriora e nos obriga a fazer um esforço extra.

Hoje existem diferentes formas de estudar o percurso com grande detalhe sem sair de casa. Graças ao aplicativo Google StreetView, podemos percorrer cada metro de estrada para termos uma ideia, ver o tipo de asfalto ou como são as curvas que vamos encontrar na descida. Também podemos consultar as páginas especializadas de altimetria onde encontraremos perfis detalhados de cada subida. Também vale a pena analisar como o vento costuma afetar as diferentes seções da prova para saber onde é importante contar com o resguardo de um grupo.

3 - Não comer e beber o suficiente ou demais

No ciclismo, a frase “comer, beber e rodar” é frequentemente usada como representação da tática que nos permitirá chegar ao nosso destino sem incidentes. Não é novidade a importância de ter uma boa hidratação e nutrição durante os eventos esportivos como forma de nossas forças irem o mais longe possível.

Mas, mais uma vez, no dia marcado, tendemos a esquecer essas orientações quando nos encontramos imersos no turbilhão da prova, mais preocupados em não perder uma roda do que em tomar um gel ou um gole de isotônico. É importante definir uma rotina na alimentação e na hidratação, ainda hoje alguns ciclocomputadores permitem-nos definir alertas para que não nos esqueçamos da necessidade de continuar fornecendo energia ao organismo.

No entanto, também há aqueles que cometem o erro oposto. Chegam aos postos de abastecimento e começam a devorar e beber como se tivessem terminado a travessia do deserto. Às vezes terminando com problemas estomacais que frustram sua participação.

Além disso, devemos ter em mente que os alimentos que encontramos nos postos de abastecimento muitas vezes não são os mais recomendados para obter o melhor desempenho. Salgadinhos, bebidas gaseificadas, balas, salsichas ou pastéis só servirão para nos impedir de ingerir nutrientes que são necessários e retardar a absorção daqueles que ingerimos.

Uma boa prática é não levar nada que não tenhamos testado antes. Sejam os géis ou barras que usamos ou simplesmente saber como nosso estomago aceitará um certo tipo de fruta, uma boa fonte de energia, durante o percurso.

 4 -Não verificar a bicicleta antes do passeio

Não é incomum ver, minutos antes da largada, aqueles que fazem fila em frente ao serviço de assistência mecânica procurando desesperadamente por alguma peça.

A bicicleta deve estar em perfeitas condições antes de uma prova importante: limpa, lubrificada e ajustada. Os pontos mais críticos a serem monitorados são a condição dos pneus, o funcionamento das marchas e, principalmente, os freios. Que as pastilhas ou sapatas tenham material suficiente e estejam em bom estado ou, no caso dos discos, que não tenha ar no sistema que possa modificar seu funcionamento quando aquecem nas descidas.

5 - Ignorar a previsão do tempo

As previsões meteorológicas hoje são muito precisas se nos atermos a um período de até 48 horas. Embora as zonas de montanha, onde habitualmente decorrem as provas, possam trazer-nos algumas surpresas, não é desculpa para não irmos à prova preparados para o que vamos encontrar, quer seja um dia quente de verão em que vamos tentar escolher equipamentos mais ventilados e cores claras para não acumular calor, ou um dia fechado com chuva desde o primeiro metro em que não devemos esquecer a capa de chuva e analisar se usaremos roupas longas ou curtas.

Apesar de tudo isso, não é estranho ver nessas provas quem sai com o mínimo e, na descida da primeira montanha, acaba encolhido no primeiro bar aberto esperando a chegada do carro vassoura.

Ao escolher a roupa certa, você terá que avaliar a temperatura que se espera, o vento, a possibilidade de chuva e o ritmo que planejamos seguir. Claro, a experiência é novamente um grau nesta faceta.

 

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