Vitória de experiência para Michal Kwiatkowski na Clásica Jaén-Paraíso Interior 2025

O ciclista polonês vence a clássica espanhola de terra batida com um ataque distante, antecipando-se aos movimentos de outros favoritos que, entre idas e vindas, não foram capazes de derrubar a fuga. Uma vitória não isenta de uma certa dose de sorte, já que Kwiatkowski se beneficiou do furo de Brandon McNulty, que o acompanhava na aventura. Notável desempenho do ciclista da Kern Pharma, Ibon Ruiz, que se segurou vindo da fuga do dia até alcançar um meritório pódio.

Emoção e ataques constantes marcam a Clásica Jaén-Paraíso Interior 2025

Não conta com uma participação de luxo, trata-se de uma prova de categoria 1.1, o terceiro escalão do ciclismo profissional e, no entanto, algo tem a Clásica Jaén-Paraíso Interior que sempre, em suas apenas 4 edições disputadas, nos fez desfrutar de um espetáculo muito bom com base, claro está, em seus trechos de terra através dos campos de oliveiras que marcam a paisagem de Jaén, mas também pelo desenho do percurso proposto pela organização, que concentra esses trechos em constante sucessão no trecho final da corrida.

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A primeira metade da prova, com um terreno muito favorável, serviu para o destaque das equipes mais modestas que conseguiram colocar homens na fuga do dia. Uma fuga que foi formada por 7 unidades: Clément Alleno, Julen Arriola, Yentl Vandevelde, Edgar Curto, Richard Fitó, Adrian Benito, Ibon Ruiz.

No entanto, com a chegada dos trechos de terra, o ritmo acelerou e a vantagem diminuiu, que nunca ultrapassou os 4 minutos e 50 segundos. Mas não foi até o segundo trecho do dia que Tim Wellens fez o primeiro movimento sério entre os teóricos aspirantes à vitória, que só serviu para mostrar que Wout van Aert ainda não estava em plena forma, já que demoramos a vê-lo na cabeça do grupo.

Muito ambicioso também Egan Bernal, que, apesar de não estar em um terreno ideal para um escalador como ele, mostrou-se tremendamente ativo tentando se infiltrar nos cortes que ocorriam com a confusão desencadeada e que tentava conter como podia por parte da Visma-Lease a Bike o ciclista britânico Ben Tulett.

E no entanto, um desses ataques que parece que não vai a lugar nenhum, que é vigiado um pouco menos por não ser ciclistas tão importantes à primeira vista, acabou sendo o bom. De muito longe, cerca de 60 quilômetros para a meta, partiu um veterano como Micha Kwiatkowski, que foi seguido por Brandon McNulty e, apesar dos ataques não pararem atrás, entre paradas e arrancadas conseguiram abrir uma lacuna de 40 segundos.

Tudo isso apesar da ambição de Bernal, que continuou ativo de trás apesar de ter um companheiro como Kwiatkowski na frente.

Assim chegamos à primeira passagem pelo trecho de Santa Eulalia, o mais longo e seletivo do percurso, onde Wout van Aert tentou jogar sua carta fazendo Ben Tulett puxar forte. Movimento enorme do britânico que destruiu o grupo da frente. O problema é que ele expôs a falta de ritmo de competição de um Wout van Aert que não teve outra escolha senão trocar de papéis com seu companheiro no final do trecho.

Wout van Aert esteve perto de derrubar a fuga de Kwiatkoski e McNulty, aos quais se juntaram Arriola e Ibon Ruiz que se engancharam à sua roda desde a fuga, embora o primeiro logo depois tivesse que ceder após um furo. No entanto, após a passagem pela meta, Wout van Aert deu por encerrado seu trabalho com a consequente parada que fez a diferença se abrir novamente. Nem mesmo um forte ataque de Wellens, Bernal e o francês Jordan Labrosse, que conseguiram uma vantagem de vinte segundos, conseguiu se juntar ao grupo da frente que seguia firme com menos quilômetros para a conclusão.

Com a situação cada vez mais clara para os fugitivos e quando nos preparávamos para desfrutar da resolução da prova, esta chegou da forma mais inesperada quando Brandon McNulty furou e deixou a vitória nas mãos de Kwiatkowski, que não teve dificuldades, novamente no trecho de Santa Eulalia, para deixar para trás um ciclista ProTour como Ibon Ruiz, que, além disso, estava cansado vindo da fuga inicial do dia.

Mesmo assim, Ibon Ruiz se manteve firme e, apesar de ser alcançado no final por um poderoso Isaac del Toro, que arrancou de trás após o furo de seu companheiro, o da Kern Pharma conseguiu sofrer para conseguir um notável terceiro lugar que com certeza será comemorado nas fileiras da equipe navarra quase como se fosse uma vitória.

Classificação Clásica Jaén-Paraíso Interior 2025

1. Michal Kwiatkowski (INEOS Grenadiers) 4h00'25''
2. Isaac del Toro (UAE Team Emirates-XRG) +31''
3. Ibon Ruiz (Kern Pharma) +46''
4. Jordan Labrosse (Decathlon-AG2R-La Mondiale) +1'53''
5. Axel Laurance (INEOS Grenadiers) +1'53''
6. Eric Antonio Fagúndez (Burgos-Burpellet-BH) +1'57''
7. Clément Berthet (Decathlon-AG2R-La Mondiale) +1'57''
8. Ben Tulett (Visma-Lease a Bike) +1'57''
9. Ben Turner (INEOS Grenadiers) +2'00''
10. Brandon McNulty (UAE Team Emirates-XRG) +2'01''