A UCI impõe uma multa de 20.000 francos suíços a Lefevere por comentários depreciativos sobre as mulheres

“Até aqui chegamos”, é a mensagem que a UCI transmitiu a Patrick Lefevere por suas habituais saídas de tom na coluna que o veterano diretor belga escreve em um jornal belga. Uma multa de 20.000 francos suíços da qual ele poderá se livrar se pedir desculpas públicas e não reincidir nesse comportamento.

A UCI coloca Patrick Lefevere na linha

Que cada vez que Patrick Lefevere fala é motivo de polêmica já não surpreende ninguém. O veterano diretor belga mantém uma coluna em um conhecido jornal do país onde é comum que ele não poupe críticas. No entanto, as opiniões expressas repetidamente sobre o ciclismo feminino parecem ter sido a gota d'água.

A UCI acabou de emitir um comunicado no qual sanciona Patrick Lefevere com uma multa de 20.000 francos suíços por violar os artigos 5 e 6.1 do código ético do órgão máximo do ciclismo. O primeiro refere-se ao comportamento geral de todas as pessoas afetadas pelo código ético e o segundo, mais específico, diz respeito à discriminação e ofensas à dignidade humana por motivos de raça, religião, sexo, etc.

Embora a UCI não especifique o motivo específico da sanção, tudo indica que se refere às declarações que ele fez em várias ocasiões sobre o ciclismo feminino, como quando afirmou que o ciclismo feminino era artificialmente potencializado e que o salário mínimo do WorldTour feminino não era justificado: “há ciclistas que não valem essa quantia, não se paga 60.000 euros por uma ciclista que não consegue nem acompanhar o pelotão”, comentou Lefevere cerca de um ano atrás.

Ainda mais recentes são as duras críticas feitas ao seu ciclista Julian Alaphilippe, nas quais Patrick Lefevere citou como uma das principais razões para o baixo desempenho do ciclista francês a sua parceira, a ex-ciclista profissional Marion Rousse. Palavras que receberam uma resposta dura por parte de Marion.

A sanção da UCI será suspensa se Patrick Lefevere fizer uma declaração pública de desculpas e não cometer outra infração do Código Ético nos próximos três anos.