Tom Pidcock tem várias frentes abertas: sair da INEOS, descer de categoria ou focar na estrada são os que mais se ouvem
Tempos turbulentos para Tom Pidcock, que em breve terá que tomar várias decisões em relação ao seu futuro próximo. Ele é um dos ciclistas mais bem pagos do mundo pela equipe INEOS Grenadiers, que está em baixa, e sua pouca contribuição para os resultados da equipe parece ter gerado tensões dentro da equipe britânica, criando uma situação desconfortável tanto para o ciclista quanto para a equipe.
O próximo destino de Tom Pidcock começa a se tornar o folhetim da pré-temporada
Enquanto a temporada de 2024 ainda não terminou, os rumores sobre contratações, mudanças de equipe e movimentos diversos já começam a esquentar. E um dos ciclistas que mais está chamando a atenção é Tom Pidcock, que tem mostrado sua insatisfação com sua situação na INEOS Grenadiers. Um sentimento que também seria compartilhado pela equipe e que indicaria que a saída do britânico está mais próxima do que poderíamos esperar.
Para contextualizar a situação de Tom Pidcock dentro da INEOS Grenadiers, é preciso começar falando sobre seu salário, em torno de 4 milhões por temporada, entre os melhores do pelotão. No entanto, nesta temporada que agora termina, Pidcock esteve focado quase exclusivamente no mountain bike, buscando revalidar a medalha de ouro olímpica em Paris 2024, objetivo que alcançou em uma emocionante corrida decidida nos momentos finais.
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O problema é que a INEOS Grenadiers é uma equipe principalmente de estrada e a contribuição de resultados de Tom Pidcock nessa especialidade é bastante discreta. Apenas 5 vitórias constam em seu palmarés, porém bastante seletas, destacando a etapa do Tour de France com final em Alpe d'Huez em 2022, a Strade Bianche de 2023 e a Amstel Gold Race deste mesmo ano, aliás, uma das apenas 14 vitórias conquistadas pela equipe britânica em 2024, um número bastante discreto para uma equipe com o potencial econômico da INEOS Grenadiers, especialmente se comparado com as 80 da UAE Team Emirates, as 32 da Visma-Lease a Bike ou as 24 da Red Bull-BORA-hansgrohe.
Por isso, a INEOS Grenadiers estaria exigindo que Tom Pidcock se concentrasse exclusivamente na estrada como forma de justificar seu salário, e, por outro lado, o ciclista estaria desconfortável com essas exigências, já que sempre teve liberdade para enfrentar tanto a temporada de ciclocross quanto a de mountain bike, inclusive no Tour de France fez parte da equipe com a condição de poder correr à sua maneira.
Com a porta de saída aberta, os rumores apontam para diferentes destinos, mas um dos que mais tem sido mencionado, embora possa parecer um retrocesso, é sua contratação pela Q36.5, uma equipe de categoria Pro, mas com um potencial notável e sem as exigências de sua equipe atual. Também entre os rumores de possíveis destinos mencionava-se a Red Bull-BORA-hansgrohe, embora seja difícil acreditar que ele saia de uma superestrutura devido às exigências da mesma para entrar em outra onde será observado com tanto ou mais detalhe do que em sua equipe atual. De qualquer forma, já temos um folhetim para os próximos meses. Veremos com o que o ciclista britânico nos surpreende.