Um imperial Tadej Pogacar conquista seu primeiro Giro d'Italia

Autoestrada 26/05/24 18:41 Migue A.

Conclui a primeira das três grandes voltas com um final monumental em Roma, réplica do da edição anterior do Giro d'Italia. Uma edição 2024 que, apesar de cumprir com os prognósticos anteriores, nos fez desfrutar de ciclismo de qualidade graças à fome insaciável de vitórias de Tadej Pogacar, a quem seus diretores tiveram que segurar para que não atacasse em excesso ou muito cedo pensando no próximo Tour de France.

Pogacar cumpre o primeiro objetivo, próxima parada, o Tour de France

Etapa 21 do Giro d'Italia 2024 com final em Roma com um percurso praticamente idêntico ao do ano passado. 125 km de etapa com uma primeira parte de ida e volta até Ostia, na costa do Tirreno, ideal para as típicas celebrações e homenagens ao vencedor que ocorrem nessas últimas etapas, e retorno à cidade eterna onde começava um circuito sinuoso em torno de alguns dos lugares mais emblemáticos de Roma, como as Termas de Caracalla, a margem do Tibre, os fóruns imperiais e, é claro, o impressionante Coliseu, aos pés do qual estava a linha de chegada que coroou o imperador do ciclismo atual: Tadej Pogacar.

Apenas uma etapa de trânsito no que diz respeito às diferentes classificações e na qual apenas restava saber quem levaria a melhor no previsível sprint massivo nas ruas de Roma.

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Ritmo tranquilo até a primeira passagem pela meta, com a habitual agitação midiática dos diferentes líderes das classificações, além de um Domenico Pozzovivo a quem permitiram passar em primeiro lugar sob o arco da meta em sua primeira passagem, que marca a despedida do grande ciclista italiano desta corrida, após anunciar em fevereiro que, aos 41 anos, esta seria sua última temporada como profissional.

Ocorreu após a passagem um primeiro ataque integrado por Ewen Costiou, Alex Baudin, Mikkel Honore e Martin Marcellusi, que não conseguiram mais do que alguns segundos em um percurso tão rápido como o que percorre as ruas de Roma, com os interesses das equipes dos velocistas em uma etapa que, para eles, é apenas mais um dia de competição, com uma vitória de prestígio em jogo.

Uma aventura que terminou a pouco mais de 13 quilômetros da conclusão, com um pelotão liderado por uma equipe UAE Team Emirates que, até o último momento, manteve a concentração na corrida, não apenas para levar Tadej Pogacar em segurança até a chegada, mas também pensando nas possibilidades de Juan Sebastián Molano no sprint final.

Prova de que não se pode cantar vitória até a última hora foi a avaria mecânica que Jonathan Milan sofreu já na última volta, faltando pouco mais de 8 quilômetros para o final, o que o obrigou a trocar de bicicleta e o prejudicou no sprint, apesar de ter conseguido se juntar novamente a apenas 4 quilômetros da conclusão.

Mas graças a um trabalho excepcional da Lidl-Trek a 1,5 km da meta, Jonathan Milan voltou a aparecer na frente do pelotão, ainda com chances de lutar pela vitória, embora nas curvas que antecediam a linha de chegada ele tenha ficado um pouco preso, o que Tim Merlier percebeu e foi o primeiro a lançar, de bastante longe. Milan ainda conseguiu reagir e se juntar a ele, abrindo espaço para ultrapassar, e por pouco não conseguiu sua quarta vitória. Em vez disso, empate na luta entre os velocistas, já que Tim Merlier igualou o italiano com 3 vitórias parciais.