Pidcock fala sobre sua estratégia no Tour e esclarece a polêmica com Carlos Rodríguez: "Quero correr de forma agressiva"

Os quatro pesos pesados que o Ineos Grenadiers alinhará no Tour passaram pelos microfones para explicar os planos da equipe e o papel que cada um desempenhará. Carlos Rodríguez e Egan Bernal lutarão pela classificação geral, enquanto Tom Pidcock e Geraint Thomas os apoiarão e buscarão vitórias de etapa. Além disso, Rodríguez e Pidcock encerraram a polêmica e negaram qualquer problema entre eles.

Tom Pidcock encerra a polêmica com Carlos Rodríguez e mira conquistar alguma etapa

O Ineos Grenadiers revelou há alguns dias os oito ciclistas que defenderão a camisa da equipe britânica no Tour: Egan Bernal, Jonathan Castroviejo, Laurens De Plus, Michal Kwiatkowski, Tom Pidcock, Carlos Rodríguez, Geraint Thomas e Ben Turner. Apesar de o UAE Team Emirates ou o Visma-Lease a Bike partirem como favoritos claros à camisa amarela, o Ineos Grenadiers se destaca como uma das alternativas com mais chances de sucesso.

A equipe será liderada tanto por Carlos Rodríguez quanto por um Egan Bernal que espera "ser realmente competitivo e alguém que possa fazer a diferença". O espanhol teve uma ótima performance no Tour de 2023 e nesta temporada venceu o Tour de Romandia e terminou em quarto no Dauphiné; enquanto o colombiano, com a experiência de ter vencido o Tour, chega com o melhor nível desde o acidente brutal de 2022.

Tom Pidcock é outro que chegará a Florença em ótima forma, como demonstram o sexto lugar na Volta à Suíça e a incrível atuação na Copa do Mundo XCO de Crans Montana. O britânico foi questionado sobre a suposta rivalidade entre ele e Carlos Rodríguez no Tour de 2023, de acordo com o que foi mostrado na série da Netflix 'Tour de France Unchained' e sua suposta atitude desafiadora em relação às ordens da equipe.

O Ciclista foi claro e afirmou que "me retrataram como o vilão" e que o documentário "simplesmente cria um drama, sabe, e nem mesmo está em ordem cronológica". Além disso, explicou que "no início, Carlos e eu estávamos competindo pela classificação geral. Então, em determinado momento, alguém assume a liderança e é a pessoa que está na frente naquele momento. E esse era o Carlos. Então é um drama. Provavelmente foi um bom episódio, mas eu era o vilão. Não importa..."

Por sua vez, Carlos Rodríguez também quis encerrar qualquer polêmica: "Infelizmente eles queriam tornar isso divertido. Talvez até tiraram algumas coisas de contexto para criar mais audiência, mas a relação entre Tom e eu é boa". Além disso, acrescentou que "espero que este ano a Netflix não fale mais sobre nós."

Pidcock tem claro que este ano seu objetivo é buscar algumas vitórias de etapa e adiar a batalha pela classificação geral. "Quero correr de forma agressiva, tentar vencer algumas etapas. Em princípio".

O britânico explicou a dificuldade que seria lutar pela camisa amarela com os Jogos Olímpicos tão próximos -onde competirá em estrada e MTB-: "Talvez se possa dizer isso. Com os Jogos Olímpicos, é difícil. Obviamente, Egan e Carlos, e Geraint mesmo dizendo que não sabe onde está, os três são ciclistas muito mais experientes para a CG do que eu. Não podemos ir com quatro".

Carlos Rodríguez se mostrou cauteloso, mas afirmou que "as sensações nos treinos de corrida estão melhores do que no ano passado e no anterior. Por isso sinto que dei um passo à frente. Mas descobriremos durante a corrida".

Por outro lado, Geraint Thomas, que pela primeira vez em sua carreira disputará Giro e Tour na mesma temporada, afirmou que "me sinto bastante fresco mentalmente" e que "estou ansioso para correr com um pouco menos de pressão". Por último, Thomas declarou que "temos uma equipe muito forte com muita experiência e Carlos está claramente em ascensão nesta temporada".