Os Emirados estão construindo uma montanha que pode beneficiar Pogacar no Mundial
Já faz alguns anos, os Emirados Árabes Unidos construíram uma colina artificial, Al Wathba, habitual no UAE Tour. A escolha deste país como sede da Copa do Mundo de 2028 fez com que os Emirados Árabes Unidos estivessem trabalhando para elevar e tornar mais difícil essa dificuldade montanhosa, a fim de endurecer esta competição mundial em favor do líder da equipe bandeira, Tadej Poga?ar.

Críticas à aposta dos Emirados Árabes Unidos em endurecer a montanha artificial de Al Wathba
Após vários anos de Copas do Mundo com perfis duros, apenas adequados para escaladores consumados, os velocistas voltavam a esfregar as mãos com a escolha dos Emirados Árabes Unidos como sede do evento de 2028. No entanto, tudo indica que os dirigentes do país árabe buscam que a vitória nessa edição caia nas mãos de Tadej Poga?ar, o ciclista estandarte dos Emirados, e para isso estão adequando o circuito inicialmente previsto para endurecer a única subida, a colina artificial de Al Wathba.
E é que, segundo denunciava Tim Merlier, nos últimos anos essa ascensão tem aumentado tanto em comprimento quanto em inclinação e espera-se que, para 2028, quando ocorrer a Copa do Mundo, se torne uma dura ascensão de 3,8 km com 6,5% de inclinação.
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Não contentes em endurecer essa subida, também foi divulgado que, na ilha de Hudayriyat, por onde transcorre o circuito, apareceram nos últimos meses várias paredes artificiais com inclinações de até 10%, algo que causou a indignação de velocistas como o ciclista belga, que anseiam por uma oportunidade para eles em uma Copa do Mundo, algo que não ocorre desde a edição de 2017, que foi disputada na cidade norueguesa de Bergen, onde Peter Sagan levantou os braços pela terceira vez consecutiva em um sprint apertado contra Alexandre Kristoff e Michael Matthews.
Também se manifestaram contra essa decisão dos Emirados Árabes Unidos vozes como a do veterano diretor do Groupama-FDJ, Marc Madiot, que lançou uma afiada crítica à UCI: “Não me atrevo a imaginar que a UCI aceite que construamos uma montanha artificial com o pretexto de dificultar a corrida, ou mesmo para dar vantagem a um ciclista”.

O curioso é que, quando a UCI concedeu a Copa do Mundo aos Emirados, a condição era um circuito plano, buscando uma alternância após tantos anos de dureza. De fato, a primeira proposta dos Emirados foi um final em Jebel Hafeet, opção que foi vetada pelo máximo organismo do ciclismo.