Os ciclistas já não comem comida real durante a corrida
A alimentação do ciclista em corrida hoje em dia está medida milimetricamente. Isso implica em uma planificação do que ingerir em corrida com produtos capazes de ser assimilados rapidamente e reduzam ao mínimo a possibilidade de sofrer problemas intestinais. Isso tem desterrado ao esquecimento a banana, tradicionalmente considerada como a barra energética natural e outras opções outrora habituais nos sacos de abastecimento como pequenos sanduíches e outras frutas.
O controle total da nutrição do ciclista transforma os sacos de abastecimento em corrida
Monótona, assim se poderia definir a nutrição do ciclista durante as corridas e é que, hoje em dia, com o enfoque científico que se apoderou do ciclismo, tudo tem que estar minuciosamente medido e planejado para que redunde no máximo rendimento do desportista.
Isso implica não só que os ciclistas saem para as corridas com uma planificação exata de quando devem beber água ou líquido energético/isotônico mas também de em que quilômetro se alimentar e em que quantidade. Uma nutrição que se mantém sob total controle reduzindo-a unicamente a produtos de nutrição proporcionados pelo patrocinador neste aspecto da equipe dos quais se conhece exatamente sua composição e quanto energia e nutrientes aportam.
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Longe ficaram opções que em outro tempo eram habituais nos bolsos dos ciclistas como pequenos sanduíches, tâmaras, frutos secos ou as onipresentes bananas, consideradas desde décadas como a barra energética natural, tanto pelo seu aporte energético, cerca de 25 gramas de carboidratos, similar aos géis convencionais, como pelo seu formato em que é fácil retirar a embalagem e, sendo biodegradável, jogá-la na sarjeta sem problema.
No entanto, o problema da comida convencional é que, com o aporte energético que se necessita na atualidade para render ao máximo, mais de 100 gramas de carboidratos por hora, utilizar por exemplo bananas suporia ingerir mais de 5 bananas por hora. Se extrapolado para uma etapa de 5 horas de duração a realidade é que não há estômago que suporte isso principalmente se esse consumo se realiza enquanto se pedala a pleno esforço.
Por outro lado, as marcas de nutrição vêm estudando há anos diferentes formulações de seus produtos, ajustando as proporções dos diferentes tipos de carboidratos, utilizando sabores atrativos, etc. para permitir que sejam assimilados pelo organismo de forma tremendamente rápida o que permite esses enormes aportes energéticos sem causar problemas gástricos.
O único alimento tradicional que ainda sobrevive nos sacos de abastecimento de alguns times são os bolinhos de arroz, uma delícia muito simples de elaborar para os auxiliares de grande aporte energético e muito assimilável para o ciclista. No entanto, seu uso é pontual e se mantém unicamente para quebrar com a monotonia de estar consumindo unicamente géis durante tantas horas.