Só existem duas opções para Vingegaard: ir para ganhar ou não ir para o Tour
Em uma recente entrevista, Richard Plugge, gerente geral do Visma-Lease a Bike falou sobre o processo de recuperação de Jonas Vingegaard e Wout van Aert, além de revisar a atualidade do mundo do ciclismo. A única coisa clara é que Vingegaard não estará no Tour de France se não estiver em condições físicas que lhe permitam disputar a corrida com o objetivo de vencer.
Richard Plugge revisa a atualidade do ciclismo
Entrevista suculenta concedida pelo gerente geral do Visma-Lease a Bike ao site Relevo, na qual falou do divido e do humano dentro do panorama do ciclismo atual. Como não poderia deixar de ser, quando há alguns dias vimos Jonas Vingegaard dar suas primeiras pedaladas após a grave queda sofrida na Itzulia, foi sua opinião sobre a evolução do dinamarquês.
"A primeira preocupação que tive e que tivemos como equipe foi avaliar se Jonas poderia voltar a ser uma pessoa com plenas capacidades" sincerava-se Plugge para, em seguida, apontar que terão que esperar ainda alguns dias para ver a evolução de Vingegaard. Em todo caso, o plano é claro: se não chegar ao Tour de France a 100%, não estará no Tour de France, o que, por outro lado, implicaria que se não chegar à ronda gala, o veríamos em setembro disputando a Vuelta.
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Com Wout van Aert acontece um pouco o mesmo, com a diferença de que as lesões do belga chegaram antes e com menos gravidade. Aqui a questão será mais ver se o Tour de France se encaixa nos objetivos do ciclista, que passam neste segundo bloco do ano pelo assalto à prova em linha dos Jogos Olímpicos de Paris.
Richard Plugge também falava do projeto da superliga como uma forma de valorizar as diferentes competições de ciclismo que se disputam. Segundo o dirigente neerlandês, o paradigma do esporte está mudando e, nesta nova situação, o ciclismo tem um problema "Estamos 20 anos atrás em muitas coisas".
Um dos problemas que o ciclismo enfrenta, segundo Plugge, é o da segurança nas corridas "Temos que proteger a saúde de nossos atletas e nosso negócio" sentenciava.
Em relação ao Visma-Lease a Bike, Plugge confessava que sua intenção era transformar a equipe em uma espécie de marca global reconhecível em todo o mundo, como pode acontecer com alguns dos principais times de futebol do mundo. No entanto, a dependência dos patrocinadores que historicamente arrastam as equipes de ciclismo torna difícil para ele realizar esse sonho. Ele até se resigna a que muitos continuem chamando a equipe neerlandesa de Jumbo-Visma.