O Canadá proibiu as bicicletas de cronometragem júnior e não é por segurança
Apesar de nos últimos anos a segurança das bicicletas de contrarrelógio ter sido questionada devido a acidentes graves como o de Chris Froome no Dauphiné ou o de Stephan Küng no Campeonato Europeu, a ideia da Federação Canadense de Ciclismo de proibir as bicicletas de crono na categoria júnior foi motivada por outro aspecto: a igualdade na competição.
Proibir as bicicletas de crono na categoria júnior como medida para ter uma competição mais equilibrada
Se há uma disciplina em que o material utilizado tem grande importância no resultado, é a contrarrelógio. Para que as bicicletas não sejam determinantes no resultado e evitar desigualdades em categorias onde o acesso ao material é muito mais complicado e frequentemente custeado pelos pais e familiares dos ciclistas, a Cycling Canada, a federação deste país, optou por proibir o uso de bicicletas de contrarrelógio.
Uma medida que será aplicada nas categorias Sub17 e Júnior para os campeonatos nacionais que serão disputados no mês de junho, de forma que só poderão utilizar um único quadro para todas as disciplinas em que participarem, sem possibilidade de montar extensões aerodinâmicas ou rodas lenticulares.
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Também se busca com essa medida, além de evitar que a capacidade de gastar dinheiro em material decida o resultado, que seja a verdadeira capacidade do ciclista que defina o resultado em categorias onde é importante detectar o talento de cada corredor e não ser influenciado pelos meios técnicos de que dispõe.
No entanto, esta medida da Cycling Canada levanta a questão se os corredores desta categoria não ficarão em desvantagem quando tiverem que enfrentar outros em competições internacionais, dada a importância de ter treinado, ter uma postura estudada sobre a bicicleta e ser capaz de se adaptar à bicicleta de contrarrelógio para poder tirar todo o seu potencial.