Matteo Jorgenson repete vitória no Paris-Nice
Parecia torcer-se o plano previsto da Visma-Lease a Bike com o abandono de Jonas Vingegaard, mas a equipe neerlandesa tinha em reserva um portentoso Matteo Jorgenson que fez valer o domínio ao longo de toda a Paris-Nice de sua equipe.
O do ano passado não foi por acaso. Matteo Jorgenson confirma sua qualidade vencendo sua segunda Paris-Nice
Semana marcada pela meteorologia em uma Paris-Nice 2025 que apenas honrou seu apelido de corrida em direção ao sol, em um último dia nas montanhas ao redor de Nice onde o astro rei se deixou ver para honrar a vitória de um Matteo Jorgenson que, ao contrário do ano passado, quando sofria para defender a camisa amarela, desta vez não quis especular e aplicou a máxima de "a melhor defesa é um bom ataque".
Muitas coisas aconteceram até chegar a esta etapa decisiva em uma Paris-Nice que começou com a Visma-Lease a Bike como equipe a ser batida e Jonas Vingegaard como principal favorito à vitória. Um início marcado por duas etapas praticamente planas em que Tim Merlier mostrou ser o melhor velocista da corrida, vencendo ambas com total solvência.
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Jonas Vingegaard abandona o Paris-Nice 2025
Uma antecipação da primeira etapa decisiva da corrida com a disputa do contrarrelógio por equipes com o já habitual formato em que cada corredor marca seu tempo e não é necessário chegar a um mínimo para contabilizar o tempo da equipe. Uma etapa em que a Visma-Lease a Bike não deu opção, vencendo a etapa com 14 segundos de diferença em relação ao Jayco-AlUla. Curiosamente, a camisa amarela iria para o, no final, vencedor da corrida Matteo Jorgenson.
Primeira chegada em alto no dia seguinte em uma etapa marcada pela neutralização a 40 quilômetros devido a uma intensa granizada e às reclamações de alguns ciclistas, incluindo o próprio Jonas Vingegaard, pela retomada da mesma quando pediam que tivesse sido suspensa devido ao intenso frio que, junto com a chuva, tornou o dia muito exigente. Não foi assim e no desfecho em La Loge des Gardes, repetiu-se uma situação que já vimos algumas semanas atrás na Volta ao Algarve com um Joao Almeida em modo explosivo sendo capaz de bater na meta o dinamarquês. No entanto, a camisa amarela ficava em casa e passava para os ombros de Jonas Vingegaard após ceder alguns segundos Jorgenson no sprint final.
Parecia que tudo ia conforme o planejado para Jonas Vingegaard até que, no início da quinta etapa, ele caiu sofrendo danos na mão e batendo o rosto. Somado a um novo dia duro em termos meteorológicos, a imagem de sofrimento de Vingegaard ao longo de toda a etapa foi terrível. Um Jonas Vingegaard que conseguiu chegar à meta, mas não foi capaz de acompanhar o ritmo na subida final à Cote Saint Andre, onde Matteo Jorgenson teve que defender os interesses da Visma-Lease a Bike dando a cara toda a subida, mas sem poder culminar com a vitória parcial ao ser batido pelo pequeno Lenny Martinez e por um Clement Champoussin que continua acumulando bons pontos para a XDS-Astana.
De qualquer forma, Jorgenson recuperou a liderança da corrida que não abandonaria até o final no Passeio dos Ingleses de Nice, alguns dias depois. Antes disso, e já com o conhecimento de que a etapa rainha que se disputava no sábado com a passagem pela La Colmiane e final em Auron havia sido encurtada, eliminando a primeira subida, devido às complicadas previsões meteorológicas que até previam neve.
Amanhecia o sexto dia com o anúncio do abandono de Jonas Vingegaard. Foi então que a Visma-Lease a Bike procurou uma alternativa para fechar a corrida sem ter que chegar ao último dia com as dificuldades do ano passado. No meio da etapa, em um trecho com vento lateral, montaram um verdadeiro tumulto, no qual encontraram a colaboração de um enorme INEOS Grenadiers que se uniu ao interesse comum de dinamitar a corrida.
Uma etapa que acabaria nas mãos de um Mads Pedersen que apresenta suas credenciais para a Milan-San Remo e em que o grande prejudicado seria um Joao Almeida que perdeu quase dois minutos, o que o deixou a 2'40'' na geral. Restaram como únicos capazes de ameaçar a liderança de Jorgenson Lipowitz a 40 segundos e Mattias Skjelmose a 59.
Chegávamos assim à etapa rainha descafeinada que nos deixava, no meio da mesma, o abandono de Skjelmose após uma queda dura ao bater em uma ilhota. De resto, a subida final não nos deixou mais do que a luta pela etapa que caiu nas mãos dos integrantes da fuga do dia, entre os quais Michael Storer levou a melhor. Sem movimentos entre os favoritos, a situação se apresentava muito favorável para a curta jornada final, na qual Matteo Jorgenson não quis especular e atacou os demais favoritos, embora não tenha conseguido vencer a etapa, que foi para as mãos de Magnus Sheffield.
Classificação Paris-Nice 2025
- Matteo Jorgenson (Visma-Lease a Bike) 26h26'42''
- Florian Lipowitz (Red Bull-BORA-hangrohe) +1'15''
- Thymen Arenman (INEOS-Grenadiers) +1'58''
- Magnus Sheffield (INEOS-Grenadiers) +2'16''
- Michael Storer (Tudor) +3'03''
- Joao Almeida (UAE Team Emirates-XRG) +3'57''
- Clément Champoussin (XDS-Astana) +4'00''
- Harold Tejada (XDS-Astana) +4'53''
- Tobias Foss (INEOS-Grenadiers) +4'59''
- Ilan van Wilder (Soudal-QuickStep) +5'26''