João Almeida confirma as previsões e vence a Itzulia 2025
Uma grande contrarrelógio e solidez nas muitas montanhas desta edição da Itzulia foi tudo o que Joao Almeida precisou para vencer a Volta ao País Basco 2025. O outro favorito, Enric Mas, foi prejudicado por uma péssima contrarrelógio, mas ainda assim conseguiu subir ao segundo lugar do pódio.
Joao Almeida vence em uma sempre espetacular Itzulia
Não há dúvida de que a Itzulia é ano após ano uma corrida que garante espetáculo com um formato recorrente, que sabem que funciona e que tira todo o proveito da geografia acidentada do País Basco. E não estamos falando apenas da luta pela classificação geral, mas também das etapas que, à primeira vista, são mais de transição.
A Itzulia 2025 começou com um contrarrelógio nos arredores de Vitoria que nos deixou imagens curiosas dos ciclistas partindo do interior do Fernando Buesa Arena, o pavilhão onde o Baskonia, uma das melhores equipes espanholas de basquete, disputa seus jogos.
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O contrarrelógio foi vencido por Max Schachmann por apenas centésimos sobre Joao Almeida e Florian Lipowitz, além do tremendo fracasso de Enric Mas, que era um dos principais favoritos para a vitória final na Itzulia 2025 e cedeu 1 minuto e 10 segundos para o vencedor nos apenas 16,5 km da etapa.
O segundo dia estava destinado, salvo surpresa, a um final ao sprint e foi isso que aconteceu, com uma fuga permitida que foi alcançada à medida que a chegada se aproximava e um belo sprint no qual Caleb Ewan continuou a devolver a confiança mostrada pela INEOS Grenadiers ao resgatá-lo no último minuto, quando parecia que não conseguiria equipe e teria que encerrar sua carreira. Esta foi a segunda vitória do australiano nesta temporada e a primeira em uma corrida World Tour desde que venceu a terceira etapa da Tirreno-Adriático em 2022.
A terceira etapa, em direção a Beasain, nos permitiu desfrutar das típicas montanhas do País Basco, com várias subidas íngremes onde pudemos ver os favoritos. No entanto, não foi nessas subidas que a etapa foi decidida, mas sim nos momentos finais em direção à meta, onde Alex Aranburu conseguiu se destacar e vencer, com polêmica, esta etapa. Sua vitória ficou em suspenso por várias horas e nem mesmo subiu ao pódio, pois Romain Grégoire foi declarado vencedor depois de tomar uma rotatória nos últimos quilômetros pelo lado direito, ignorando que os controladores estavam direcionando os ciclistas para o lado esquerdo. No entanto, a reclamação da Cofidis, alegando que o livro de rota indicava que a rotatória deveria ser feita pelo lado escolhido por Aranburu, acabou sendo aceita.
A quarta etapa, em direção a Markina e com a subida de uma das vertentes mais difíceis de Izua, a montanha que dá acesso ao conhecido santuário de Arrate, serviu para Joao Almeida demonstrar sua força em subidas muito íngremes. Um tipo de subida que no ciclismo moderno geralmente não gera grandes diferenças, mas o português soube aproveitar ao máximo, arriscando-se na descida e desbancando Schachmann na meta de Markina, assumindo a liderança da classificação geral.
Ben Healy nos presenteou com uma incrível performance na quinta etapa. Uma etapa que, à primeira vista, parecia destinada a uma fuga de ciclistas de alto nível e que não decepcionou. O irlandês não especulou e fez um dos seus incríveis ataques, atacando a mais de 50 quilômetros da chegada, em um terreno muito difícil, conseguindo uma vitória notável que certamente o coloca como um dos homens a serem observados nas próximas clássicas das Ardenas.
O capítulo final nos presenteou com mais uma etapa de montanha muito difícil. No entanto, não houve a tensão ou a luta de outras edições recentes devido ao controle firme da corrida pela UAE Team Emirates-XRG. Ben Healy tentou novamente se infiltrar em uma fuga de elite, mas desta vez não teve sucesso, e na verdade foi o próprio líder Joao Almeida quem partiu para o ataque como a melhor forma de defender sua camisa amarela de líder.
A etapa serviu a Enric Mas para melhorar sua Itzulia 2025 ao resistir aos ataques de Almeida, o que o ajudou a deixar para trás os ciclistas que estavam à sua frente na classificação geral e subir para o segundo lugar. Uma clara demonstração de que, sem o fracasso do primeiro dia, ele poderia ter estado lutando de igual para igual pela vitória nesta corrida com o português.
Classificação Geral Itzulia 2025
- Joao Almeida (UAE Team Emirates-XRG) 20h04'49''
- Enric Mas (Movistar Team) +1'52''
- Maximilian Schachmann (Soudal-QuickStep) +1'59''
- Florian Lipowitz (Red Bull-BORA-hansgrohe) +2'07''
- Mattias Skjelmose (Lidl-Trek) +2'17''
- Ilan Van Wilder (Soudal-QuickStep) +2'18''
- Alex Aranburu (Cofidis) +2'45''
- Simone Velasco (XDS-Astana) +3'43''
- Oscar Onley (Picnic-PostNL) +3'50''
- Clément Champoussin (XDS-Astana) +3'55''