O que é a economia do ciclismo e por que é fundamental para o seu desempenho

Treinamento 17/11/24 16:33 Migue A.

O ciclismo é um esporte em que nem sempre o mais forte vence. Gerenciar as energias disponíveis e nossas forças para usá-las nos momentos decisivos das corridas é essencial para se tornar um ciclista vencedor. Uma equação na qual podemos maximizar o resultado se, além disso, formos capazes de, diante do mesmo esforço, gastar menos do que nossos rivais.

Economizar energia, a chave para a vitória no ciclismo. Melhorar a economia do esforço vital para alcançá-la.

Você provavelmente já ouviu falar da tática CBR, ou seja, Comer, Beber e ir na Roda. Uma expressão que resume uma das máximas do ciclismo que sugere que é preciso manter as energias sempre o mais altas possível, tanto repondo o que foi gasto quanto poupando esforços. Uma tática que tem o objetivo de ter as forças máximas quando chegarmos ao momento decisivo das corridas ou, simplesmente, nas disputas nos finais de semana com nosso grupo.

Como em todo esporte de resistência, um conceito relacionado às energias que um ciclista pode economizar é o da economia do esforço, que expressa o quão eficiente esse ciclista é em um determinado nível de intensidade, de forma que o ciclista que tiver mais economia de esforço será mais eficiente e precisará de menos energia do que seus rivais.

A economia do esforço envolve muitos fatores, desde as economias que conseguimos através da aerodinâmica, do peso mais reduzido para precisar de menos watts nas subidas, ou de um material perfeitamente ajustado e de melhor qualidade para que a resistência ao rolamento seja a menor possível.

No entanto, o termo economia do esforço geralmente se concentra mais no aspecto metabólico, ou seja, na eficiência do organismo em gerar watts com um determinado gasto de energia. Obviamente, o objetivo será, ajustando o treinamento, conseguir gerar a potência máxima com o menor consumo possível.

 

Como melhorar a economia do esforço

Ao trabalhar a economia do esforço, há várias coisas que podemos fazer para que nosso organismo gerencie as energias de forma mais eficiente, começando, como não poderia deixar de ser em um esporte de resistência, pelo trabalho de volume em baixa intensidade. E é que os treinamentos aeróbicos, às vezes menosprezados em uma época em que se buscam resultados rápidos e os treinamentos de alta intensidade parecem querer substituir os de resistência, continuam sendo fundamentais para criar uma base física que nos permita crescer sobre bons alicerces.

Os treinamentos aeróbicos de longa duração ajudam a melhorar a eficiência das células de formas que podem mobilizar e utilizar com mais facilidade os substratos gordurosos, uma fonte de energia quase inesgotável no organismo e, o mais importante, fazê-lo em níveis de esforço mais elevados.

A força é outro desses aspectos historicamente esquecidos no ciclismo e ao qual cada vez se dá mais importância. Obviamente, com uma massa muscular corretamente trabalhada, poderemos gerar mais força nos pedais com o mesmo nível de esforço, o que, no final das contas, se traduz em mais watts. Além disso, músculos corretamente adaptados suportam e se recuperam melhor dos esforços de grande intensidade.

O último aspecto, também geralmente bastante esquecido, tem a ver com a biomecânica e a técnica de pedalada. Pedalar de forma redonda, exercendo a maior parte da força na descida do pedal e sendo capaz de acompanhar na subida da pedalada para evitar que a recuperação da perna subtraia em vez de somar. Aplicar a força o mais tangencial possível à circunferência da pedalada ou ser capaz de passar pelos pontos mortos que ocorrem na vertical de cada volta aos pedais pode significar um importante acréscimo de energias gratuitas.

Como outros aspectos do ciclismo, a técnica de pedalada também é treinável, embora quanto mais tempo passarmos pedalando e mais internalizado tivermos nosso gesto de pedalada, mais difícil será mudar.

Para trabalhar a técnica de pedalada, será necessário ter um ajuste biomecânico ótimo e aplicar uma série de exercícios, como o clássico pedalar com uma só perna, que ajudarão a ser cada vez mais eficiente e cada pedalada ter menos energias desperdiçadas.

Em todo caso, o resultado final de aplicar todas essas técnicas será o desejado, ser capaz de ir mais rápido gastando menos, o santo graal de todo ciclista esportivo que tem o desempenho como objetivo primordial.

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