Dumoulin vai com sua mountain bike ao Himalaia para "começar do zero"

Autoestrada 29/11/22 09:56 Guilherme

Tom Dumoulin faz um recomeço em sua vida após os últimos anos em que tudo foi se distorcendo, tanto no esporte quanto na vida pessoal. Lançar-se com sua mochila para explorar o mundo tornou-se sua rota de fuga da tortura mental que representaram seus últimos anos no ciclismo profissional.

De vencedor do Giro a cicloturista. É assim que Tom Dumoulin está encarando sua aposentadoria do ciclismo.

Tom Dumoulin, que foi um dos melhores em voltas da última década, anunciou em junho que esta seria sua última temporada como ciclista profissional. Porém, alguns meses depois optou por encerrar a carreira, sem esperar pelo Mundial de Ciclismo na Austrália, onde ambicionava fazer uma última grande atuação como a que nos deu no contrarrelógio individual nos Jogos Olímpicos de Tóquio após sua retirada temporária no início de 2021.

Mas a cabeça pode ter levado as pernas de um Tom Dumoulin que há poucos meses se divorciava da companheira de 13 anos, trazendo mais uma vez à tona a importância da mente em um esporte com as exigências do ciclismo profissional.

Foi-se o ciclista que ambicionava a vitória nas grandes voltas em que largava. Aquele que nos roubou o coração na Vuelta a España em 2015 quando cedia a camisa de líder na última etapa de montanha, quando estava a poucas centenas de metros de fechar a ofensiva lançada pelo italiano Fabio Aru.

Ele compensaria isso dois anos depois com um maravilhoso Giro d'Italia em que conseguiu até vencer o estômago que tentou colocá-lo fora de jogo na etapa rainha da corrida.

No entanto, desde a dura queda que o obrigou a abandonar o Giro d'Italia 2019, Tom Dumoulin não tem sido o mesmo e apesar de ter conseguido um honroso 7º lugar no Tour de France 2020, nas suas próprias palavras "foi realmente horrível, odiava tanto andar de bicicleta e eu odiava tanto estar lá…” deixaram claro que sua mente não estava mais em condições de continuar dando o seu melhor, o que desencadearia seu abandono temporário do ciclismo no início da temporada seguinte.

Agora, porém, Dumoulin diz sentir-se livre, nos últimos meses em que se dedicou a viajar pelo mundo e a se redescobrir antes de decidir onde focar a sua nova vida fora do ciclismo.

Passou algumas semanas, com a única companhia de sua mochila, na Costa Rica e em Fiji. De lá viajou para o Mundial da Austrália, desta vez como mero espectador. Soubemos da sua última aventura através das redes sociais de Bram Tankink, também ex-cicista, que o acompanhou numa viagem de MTB pelas montanhas do Nepal.

Ambos percorreram o Himalaia durante 8 dias junto com um grupo de ciclistas holandeses em suas bicicletas, descobrindo novos limites em etapas em que ultrapassaram os 4.000 metros de altitude. Dias em que o progresso se tornou penoso e etapas de 30 quilômetros em que haviam calculado chegar ao destino na hora do almoço duraram praticamente até a noite.

 
 
 
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Tankink brincou em suas publicações que Dumoulin finalmente teve que admitir que estava sofrendo, embora no final a beleza e a espetacularidade daquelas montanhas compensassem todo o sofrimento.

Após a sua aposentadoria do ciclismo, ainda não decidiu nada sobre o seu futuro e, apesar de tudo, ainda sente amor pelo ciclismo e não descarta voltar a se aproximar do ciclismo profissional no futuro como técnico de alguma equipe.

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Dumoulin se va con su mountain bike al Himalaya para "empezar de cero"

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Dumoulin takes his mountain bike to the Himalayas to start over again

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