Descubra qual é o seu cronotipo e como ele ajudará você a render mais

Treinamento 02/03/24 15:06 Migue A.

O cronotipo é o responsável por algumas pessoas serem mais ativas no início da manhã e outras no final da tarde. De fato, cada pessoa pode experimentar o pico de energia em três momentos diferentes do dia. Conhecer os horários da melatonina - hormônio chave neste processo - e saber nosso cronotipo pode ser útil para planejar o treinamento naquele período em que estamos predispostos a render melhor.

O cronotipo: a ferramenta que revela o pico de energia

Há pessoas que no início do dia têm um extra de energia que lhes permite acordar cedo sem problemas, embora sejam obrigadas a redobrar esforços quando precisam ficar acordadas até tarde; por outro lado, há quem prefira a vida noturna e sofre quando o despertador toca pela manhã. Essa sensação é uma realidade e se chama cronotipo. Este ciclo natural é útil para saber a que hora podemos render melhor e organizar nosso dia em consequência.

O cronotipo programa o horário preferido para dormir e o momento em que o corpo terá mais energia. Trata-se de algo genético, então pouco se pode fazer a respeito. Apesar das preferências pré-instaladas em nosso organismo, temos flexibilidade suficiente para nos adaptarmos a outros horários, embora nos sintamos mais confortáveis no nosso.

Assim, se as circunstâncias permitirem, o ideal é adaptar as rotinas ao cronotipo, em vez de agendar o dia em horários que vão contra o que nossa genética dita.

O primeiro passo é conhecer qual é o nosso cronotipo. Existem três tipos principais - como explica o Instituto Internacional de Melatonina (IiMEL)-: matutino, vespertino e intermediário. Quanto à porcentagem de pessoas que se classificam em cada um, os dois primeiros reúnem 25% da população, enquanto o restante - 50% - pertence ao grupo intermediário.

Seguindo a explicação do IiMEL, nas pessoas com cronotipo matutino as "funções cognitivas são máximas pela manhã" e estão predispostas a ir para a cama cedo e acordar cedo. No vespertino, estas funções são desenvolvidas ao máximo à tarde e à noite, por isso têm tendência a ir para a cama e acordar tarde. Por último, o intermediário se encontra a meio caminho entre um e outro.

A melatonina é a chave em tudo isso; embora todo mundo durma as mesmas horas, o corpo recebe o sinal para dormir em momentos diferentes. O ritmo circadiano da melatonina tem seu máximo às 3:00 h no grupo intermediário; mais/menos duas ou três horas nos outros casos. Esta é a razão pela qual o pico de energia também varia de acordo com o cronotipo.

Contudo, vale mencionar que os cálculos não são exatos e que dentro de cada cronotipo também há variações. Além disso, existe um quarto grupo que muda de um cronotipo para outro.

Como saber o cronotipo e como ele pode ajudar a melhorar o desempenho

É possível que com as descrições anteriores já haja quem saiba a que cronotipo pertence. No entanto, também existem alguns métodos que ajudam a esclarecer esta questão. Em primeiro lugar, e como opção mais confiável, pode-se realizar um teste genético. 

Outro método é aproveitar a natureza genética do cronotipo e observar as preferências de horários dos pais - a que horas eles vão para a cama, quando acordam ou em que momento têm mais energia -, que podem nos dar uma pista. Além disso, é possível fazer questionários online ou usar um dispositivo de rastreamento de atividade que ofereça este dado - embora se deva levar em conta que na maioria das vezes eles só usam os dados dos últimos dias para calculá-lo -.

Por último, pode-se medir durante vários dias a temperatura corporal a cada hora da tarde. O corpo reduz a temperatura quando se aproxima a hora de dormir, então pode-se estabelecer o seguinte: se começa a baixar por volta das sete da tarde é provável que se deva classificar como cronotipo matutino, se o faz às nove é provável que seja intermediário e se acontece às dez da noite é possível que seja um tipo vespertino.

Uma vez classificado o cronotipo, o ideal é que o treinamento ciclista se adapte para fazer coincidir as pedaladas com o momento de maior energia, bem como evitar aqueles períodos menos produtivos. No entanto, essa fantasia colide com a realidade de muitos ciclistas - e pessoas em geral -, que têm que lidar em seu dia a dia com obrigações familiares e de trabalho que tornam essa opção impossível.

Nos casos em que programar o treinamento no pico de energia seja ficção científica, também é útil conhecer o cronotipo. Apesar de ter pouca utilidade na maioria dos dias, é uma ferramenta que sim poderá ser usada quando as circunstâncias permitirem. O cronotipo pode ajudar a tentar obter um desempenho mais alto, embora na realidade seja apenas um dos muitos fatores que intervêm na produção de watts.

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