Campagnolo apresenta o primeiro grupo 2x13 do mundo e seu acionador de polegar está de volta

A utilização do novo Grupo Campagnolo Super Record 13, nome oficial que acabou de ser revelado, pela equipe Cofidis durante o recentemente concluído Giro d'Italia 2025 fazia presumir que a apresentação em sociedade deste novo grupo não iria demorar muito. Hoje mesmo conhecemos os detalhes do novo topo de gama da Campagnolo que abre as portas para os grupos de 13 pinhões no ciclismo de estrada.

Campagnolo abre a porta para os 13 pinhões nos grupos de estrada

Com a experiência adquirida no funcionamento do seu grupo de gravel Ekar, de 13 pinhões monoprato, e o excelente funcionamento do seu grupo Super Record Wireless, a Campagnolo trabalhou para dar o salto para os 13 pinhões nas bicicletas de estrada com a renovação do seu grupo principal que passa a ser denominado Campagnolo Super Record 13.

Um grupo que se torna o primeiro grupo 2x13 do mundo, um grupo de acionamento eletrônico e completamente sem fio que, além de oferecer uma maior amplitude de desenvolvimentos graças ao pinhão extra em combinação com o duplo prato, mantém a essência do Super Record como grupo leve por excelência, declarando um peso de 2.435 g que reduziria em cerca de 60 g o do novo SRAM Red AXS.

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A maldição do ciclista de watt/quilograma

Dentro da renovação do grupo, um detalhe é o primeiro que chama a atenção em relação à versão anterior: as manetes. Após as críticas recebidas pela colocação de seus botões, a Campagnolo voltou à sua filosofia tradicional de uma alavanca, uma função recuperando seu característico botão acionado pelo polegar na parte interna da manete que é usado para descer pinhões ou prato. Além disso, inclui um botão extra na parte interna da cabeça de cada manete, personalizável através de seu aplicativo móvel para o que o usuário desejar, por exemplo, agir sobre o ciclocomputador.

Manetes nas quais também foi trabalhada sua ergonomia, mantendo um tamanho reduzido e ampliando a parte plana de apoio da mão para obter uma melhor integração com os guidões atuais e são projetadas para manter sua ergonomia mesmo girando para dentro até os 10º máximos permitidos pela UCI.

Embora inicialmente seja lançado como grupo de estrada 2x13, a intenção da Campagnolo é ir incorporando diversas opções: um grupo 1x13 para uso em estrada com sistema de embreagem na troca traseira para evitar as saídas de corrente e o bater da mesma; um grupo 1x13 de contrarrelógio no qual a troca teria características semelhantes; um grupo 2x13 para bicicletas all road e gravel também com a troca com embreagem e, para finalizar, uma versão que será denominada Super Record X de 1x13 projetada especificamente para o gravel.

Enquanto aguardamos a chegada dessas alternativas, podemos desfrutar das variadas opções deste Campagnolo Super Record 13 de duplo prato para estrada que inclui nada menos que 7 opções de pratos: 45/29, 48/32, 50/34, 52/36, 53/39, 54/39 e 55/39 que podem ser combinados com quatro opções de cassete: 10-29, 10-33, 11-32 e 11-36, ou seja, o suficiente para agradar desde o ciclista profissional até o cicloturista de fim de semana. Como não poderia deixar de ser, seus cassetes utilizam o último padrão de núcleo da Campagnolo, o N3W que já era utilizado em seus grupos de 12, o que obrigou a diminuir o espaço entre coroas para acomodar o pinhão extra.

Em relação às suas pedivelas, também encontramos uma ampla variedade de comprimentos, desde os 165 mm até 175 mm e, além das pedivelas convencionais, também contam com a opção de seu potenciômetro HPPM.

A Campagnolo também trabalhou no funcionamento do grupo com o objetivo de obter trocas o mais rápidas e precisas possíveis. Na verdade, a marca declara que a troca leva apenas 2,4 segundos para subir o cassete completo e 1,9 segundos para baixá-lo.

Os freios a disco são praticamente iguais aos atuais, embora tenham sido feitos alguns ajustes, como incluir parafusos de titânio, para reduzir seu peso raspando 6 gramas de cada pinça.

Este novo Campagnolo Super Record 13 é ligeiramente mais econômico que seu antecessor, mas, mesmo assim, o preço continua à altura da exclusividade da marca italiana. Em concreto, o grupo padrão, ou seja, sem medidor de potência, custará 4.300 €, 900 a menos que o anterior Wireless, o que o coloca praticamente ao nível do novo SRAM Red AXS. A opção com medidor de potência implica um gasto extra de 1.000 €.