A cadência da pedalada é muito importante para não a dominar

É um clássico nas conversas de qualquer grupo. Existe uma cadência de pedalada ideal? É preferível ir em alta cadencia a qualquer custo, ou deixar a coroa pequena para os outros e girar travado? Em resumo, o que é correto tecnicamente falando, existem respostas definitivas sobre isso?

A resposta é sim e não. A cadencia da pedalada é algo muito pessoal, o que funciona para uma pessoa pode não funcionar para outra. No entanto, existem algumas diretrizes relativamente universais que todos devemos aplicar para escolher a cadência de pedalada adequada para cada circunstância e melhorar nosso desempenho na bicicleta.

5 coisas que você precisa saber sobre cadência de pedalada

Já dissemos a primeira: a cadência de pedalada ideal de um ciclista é pessoal e intransferível, já que muitas circunstancias influenciam para determina-la.

A cadência de pedalada adequada varia dependendo se estamos pedalando em terreno plano ou, por outro lado, enfrentando uma subida mais ou menos difícil.

A cadência de pedalada ideal geralmente é definida em cerca de 80 pedaladas por minuto -no plano- e 70 –em subidas-. A partir daí, veja o ponto anterior: é uma generalização aproximada.

Exceder 100 pedaladas por minuto ou baixar de 60 pedaladas por minuto é considerado prejudicial. No primeiro caso, o consumo de energia aumenta e, no segundo aumentam, as chances de sofrer uma lesão muscular.

No mountain bike, o terreno é um fator relevante e determinante, que às vezes define a cadência sem que o ciclista tenha muita margem de manobra, pois não seguir uma cadência específica corre o risco de derrapar ou não traçar corretamente.

Que cadência os profissionais escolhem?

A variedade é infinita. Vimos ciclistas vencerem contrarrelógios com uma cadência de pedalada muito menor do que outro ciclista usou para vencer na semana anterior. Embora a cadencia alta, que em sua época foi promovida por Lance Armstrong e posteriormente continuada por Alberto Contador ou Chris Froome, esteja ganhando cada vez mais adeptos em relação à pedalada clássica, historicamente mais utilizada, ainda vemos ciclistas de elite que preferem as cadências baixas.

Três exemplos inquestionáveis ??são Alejandro Valverde, Nairo Quintana e Tony Martin, seguidores dessa segunda opção, que conquistaram triunfos dos mais diversos tipos ao longo de suas carreiras. Ambas as alternativas são, portanto, caminhos viáveis ??para a vitória.

Treinamento tendo em conta a cadência

Como dissemos anteriormente, o mountain bike é muito diferente do ciclismo de estrada quando se trata de cadência de pedalada. O treinamento, portanto, deve se concentrar em ser capaz de dominar cadências variadas de pedalada e estar confortável com elas. O rolo é uma opção muito boa para se adaptar a cadências desconhecidas, às quais é difícil nos adaptarmos. Permite-nos brincar com diferentes ritmos, podendo concentrar-nos exclusivamente nele, sem ter de prestar atenção ao terreno, à condução ou ao risco de sofrer uma queda.

Em resumo e como conclusão, não existe uma cadência de pedalada que possa ser generalizada a todas as áreas, ciclistas e situações, muito menos se falarmos de MTB. Agora, entre 60 e 100, no máximo 110 pedaladas por minuto, deve ser o ponto ideal para qualquer pessoa. E, bem, nosso corpo é sábio, então a cadência que escolhemos naturalmente, sem ficar obcecado em usar um ou outro, provavelmente será a mais adequada.