Alaphilippe assina com a equipe Tudor Pro Cycling e Contador explica seu "divórcio" da Soudal-QuickStep
Confirma-se a saída de Julian Alaphilippe da estrutura da Soudal-QuickStep após um último ano de crescentes tensões com o peculiar manager da equipe belga, Patrick Lefevere, que chegou até a insinuar que a parceira do ciclista, a também ex-ciclista Marion Rousse, agora diretora do Tour de France feminino, seria a responsável pelo baixo desempenho de Alaphilippe nos últimos tempos. Como já havíamos adiantado alguns dias atrás, a Tudor Pro Cycling será a equipe que contará com os serviços do francês a partir da próxima temporada.
Julian Alaphilippe deixa a Soudal-QuickStep, sua equipe de toda a vida
Apesar de ter desenvolvido toda a sua carreira na estrutura da Soudal-QuickStep de Patrick Lefevere, a falta de sintonia entre o veterano diretor belga e Julian Alaphilippe tem vindo a crescer nos últimos anos, nos quais o francês teve uma queda em seu desempenho. A gota d'água dessa turbulenta relação foram as declarações de Lefevere há alguns meses, insinuando claramente que a culpada pelo baixo desempenho de Alaphilippe seria sua parceira Marion Rousse.
No entanto, após o divórcio entre Alaphilippe e Lefevere, parece haver um pano de fundo econômico que foi perfeitamente explicado pelo ex-ciclista Alberto Contador, agora comentarista nas transmissões da Eurosport, que relatou como ele sofreu exatamente a mesma situação durante sua passagem pela equipe Tinkoff.
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Contador fala de uma estratégia intencional por parte de Lefevere para diminuir o preço de mercado do ciclista, buscando uma renovação mais barata. De fato, em algumas de suas declarações incendiárias, Lefevere também mencionou que o salário de Alaphilippe não correspondia ao desempenho que vinha apresentando nos últimos tempos, um salário que, por outro lado, o francês conquistou com mérito após as renovações assinadas depois de conquistar seu segundo Mundial consecutivo.
Depois de analisar as opções, Julian Alaphilippe optou por aceitar a oferta da Tudor Pro Cycling, uma equipe jovem e em clara trajetória de crescimento. "Quero desempenhar meu papel de líder, de guiar os jovens, embora ainda não seja muito velho. Mas tenho muita experiência e isso pode ser importante para os jovens da equipe. É uma grande motivação contribuir com o que sei e com minha forma de ser dentro e fora da bicicleta", afirmou o ciclista após o anúncio oficial de sua contratação, influenciado também pelo fato de Alaphilippe conhecer vários ciclistas membros da equipe.
Uma Tudor Pro Cycling que está se reforçando de forma significativa para 2025, pois, além de contar com Julian Alaphilippe, também anunciou a contratação de Marc Hirchi, buscando aumentar suas chances de subir para o World Tour, já que, não esqueçamos, no próximo ano termina um novo ciclo de vigência das licenças da categoria máxima e, neste momento, a Tudor Pro Cycling está em quarto lugar na categoria Pro Tour, atrás apenas da Uno-X Mobility, que atualmente ocupa a última posição que daria acesso ao World Tour, e muito atrás de Israel-PremierTech e Lotto-Dstny, que desfrutam de uma posição confortável no ranking e, salvo um desastre, serão equipes do World Tour no próximo ciclo.