A UCI insiste na eliminação dos pinganillos
Depois de realizar alguns testes ao longo do verão em algumas corridas em que não foi permitido o uso de pinganillos, o presidente da UCI, David Lappartient, está convencido de que o ciclismo será mais seguro sem eles, ao mesmo tempo que afirma que alguns ciclistas já pediram a sua eliminação.
A UCI argumenta a segurança em sua guerra contra os pinganillos
No verão passado, a UCI introduziu como teste algumas medidas propostas pelo organismo consultor de segurança SafeR que foram testadas em algumas competições como a Volta a Burgos ou, até mesmo, na própria Volta a Espanha.
Essas medidas incluíam a introdução de cartões amarelos para qualquer membro da caravana ciclista que cometesse alguma infração do regulamento e que poderia resultar em sua expulsão da corrida e uma suspensão temporária; a possibilidade de modificar a zona de proteção nas etapas planas de acordo com as dificuldades do percurso, podendo chegar a até 5 km; e, sem dúvida a mais polêmica, a proibição do uso de pinganillos que foi testada na mencionada Volta a Burgos.
RECOMENDADO
Nova Cannondale Scalpel para o Campeão Mundial XCO
A Copa do Mundo CX chega a Dublin: horários, favoritos, onde assistir
Rockrider RACE 940 S and LTD 2025: new colors and a model under 11 kg
Van Rysel XCR Tri, Decathlon apresenta sua primeira bicicleta específica para triatlo
Você precisa de suspensão em sua bicicleta gravel?
Nova canote Rock Shox Reverb?
Após todos esses testes, David Lappartient tem claro que, embora o uso de pinganillos tenha certas vantagens, seu uso contribui para criar maiores perigos, gerando ansiedade no pelotão quando diante de alguma dificuldade no percurso, todos os diretores instam ao mesmo tempo seus ciclistas a ficarem alerta e se posicionarem na frente, gerando situações de pânico.
De acordo com os testes realizados, nas corridas sem pinganillos houve menos quedas, sendo um bom exemplo o Mundial, onde não é permitido o uso dos transmissores e é uma prova, apesar das dificuldades que alguns percursos como o do ano passado em Glasgow apresentam, é uma corrida onde normalmente não ocorrem quedas em massa.
Claro que, ao mencionar o Mundial, não demoraram a lembrar ao presidente da UCI o caso da corredora suíça Muriel Furrer que se acidentou no último disputado após sair da estrada e demorar mais de uma hora para ser atendida. Algo que poderia ser facilmente resolvido equipando os corredores com rastreadores GPS.
David Lappartient também propõe uma solução intermediária que seria permitir o uso dos pinganillos, mas sintonizados com a rádio volta, a emissora que informa os diretores de todos os eventos que ocorrem na competição.
O presidente da UCI afirma que vários corredores já pediram a eliminação do pinganillo e, embora a maioria prefira mantê-los, muitos admitem que são uma fonte de estresse na competição. Obviamente, aqueles que mais se opõem a essa medida são os diretores, para quem o pinganillo é uma ferramenta básica para definir a estratégia na corrida e decidir como a equipe deve agir a cada momento.