Van Aert quer entrar para o clube dos vencedores dos 5 monumentos

Autoestrada 29/11/22 16:30 Guilherme

Wout Van Aert continua estabelecendo desafios complicados para si mesmo. Apesar de desfrutar, aos 28 anos, de um dos melhores palmarés da história do ciclismo, o belga mantém a motivação em alta. O próximo objetivo em sua mira: tornar-se o quarto ciclista a vencer os 5 monumentos. No momento, conta apenas com o Milan-San Remo que conquistou em 2020, que dizem ser a clássica mais difícil de vencer.

Wout Van Aert antes do "ainda mais difícil"

Milão-San Remo, Tour da Flandres, Paris-Roubaix, Liège-Bastogne-Liège, Il Lombardía, os 5 monumentos do ciclismo, as clássicas mais lendárias e as mais exigentes para um ciclista. Provas cada uma com suas características e tão diferentes umas das outras que fica tremendamente difícil existir um ciclista tão completo que seja capaz de ser competitivo em todas elas.

De fato, ao longo da história deste esporte, apenas 3 ciclistas conseguiram vencer pelo menos uma vez em todos elas. É claro que Eddy Merckx está no topo dessa lista. Ele está acompanhado de outros dois belgas: Roger de Vlaemick e Rick Van Looy. Wout Van Aert pretende ser o quarto a conseguir tal feito, conforme afirmou em entrevista à Gazzetta dello Sport.

Porém, com a especialização que hoje reina no ciclismo, conquistar os 5 monumentos se apresenta como uma tarefa altamente complicada devido à disparidade de habilidades necessárias para obter sucesso em cada um deles.

Milan-San Remo é a clássica da velocidade, mas não só é preciso ser um homem rápido para vencê-la, mas também ser capaz de demonstrar essa velocidade depois de 300 quilômetros rodando a ritmos arrepiantes. Ainda assim, devido ao seu perfil maioritariamente plano, é uma prova aberta a um leque mais alargado de ciclistas e muitas vezes decidida por detalhes sutis, o que a torna a prova mais difícil de vencer nas palavras dos próprios ciclistas.

Aliás, é o monumento que faltou para o único homem que nos últimos anos teve a chance de conseguir somar os 5 monumentos, o belga Philippe Gilbert, que encerra a sua prolífica carreira após esta temporada. Para a sorte de Wout Van Aert, ele já marcou o Milan-San Remo em 2020.

Depois da Primavera, é a vez dos pavés com o Tour de Flandres e Paris-Roubaix. Talvez sejam as duas clássicas que mais se adequam a um perfil de ciclista. Corredores fortes e técnicos com uma habilidade inata para ler a corrida e escolher o momento certo para selecionar a prova ou fazer uma jogada vencedora.

Características que se encaixam perfeitamente no perfil de Wout Van Aert, tornando as clássicas dos pavês os monumentos mais acessíveis para o ciclista Jumbo-Visma. Ele esteve perto de vencer o Tour da Flandres em 2020, quando a prova foi decidida por centímetros em um sprint acirrado entre ele e Mathieu Van der Poel. A mesma posição que ele certificou no ano passado em Paris-Roubaix depois de não conseguir caçar um imponente Dylan Van Baarle, tendo que se contentar em vencer o sprint do grupo perseguidor.

De lá seguimos para as Ardenas com a disputa de Liège-Bastogne-Liège, a corrida de intermináveis subidas que somam 4.400 m de desnível. No papel, uma prova em que especialistas em voltas e clássicas, leves como Julian Alaphilippe ou Alejandro Valverde, o grande dominador desta prova nos últimos tempos, são mais competitivos, como é o caso de Il Lombardía que fecha a temporada e que também tem um perfil tremendamente quebrado.

Porém, são vários os trunfos que Wout Van Aert tem para saber que é candidato à vitória nelas. Já foi tremendamente competitivo em etapas de altíssima montanha no Tour de France. É verdade que não é o mesmo, pois o ritmo após 10, 12 ou 20 etapas não é o mesmo que esses ciclistas menores são capazes de colocar em uma prova de um dia. No entanto, Wout Van Aert mostrou em muitas ocasiões que é forte o suficiente para enfrentar os melhores quando se trata de escalada. Na verdade, ele conseguiu ser 3º em Liège-Bastoña-Liège este ano.

Por agora, em 2023 a prioridade será tentar juntar as clássicas dos pavês e depois apontar para o Mundial que se realizará em agosto. Fica no ar em que grandes voltas ele participará para ajudar seus companheiros.

O que ele deixou absolutamente claro é que não está em seus planos buscar a classificação geral de uma grande volta como já vinha sendo cogitado em alguns círculos após seu tremendo Tour de France em que chegou a liderar a prova por praticamente toda a primeira semana.

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