Strava exige à Garmin e pede para parar a venda de seus dispositivos
A batalha entre dois gigantes do setor esportivo estourou nos tribunais. Strava entrou com uma ação contra a Garmin no Tribunal Distrital do Colorado, acusando o fabricante americano de infringir várias de suas patentes-chave: os populares Segmentos e os mapas de calor.
Strava processa a Garmin por patentes de segmentos e heatmaps e pede para interromper a venda de seus dispositivos
De acordo com documentos judiciais obtidos pelo DC Rainmaker, a rede social esportiva alega que a Garmin violou pelo menos três patentes registradas entre 2011 e 2016. A primeira refere-se aos Segmentos, esses trechos de rota onde os usuários competem virtualmente com base em tempos e classificações. Strava afirma que, apesar de ambas as empresas terem assinado em 2015 um Acordo de Cooperação Mestre (MCA) para que a Garmin implementasse os Segmentos ao vivo do Strava em seus dispositivos, a marca de dispositivos GPS continuou desenvolvendo seu próprio sistema em paralelo, descumprindo o acordo.
O segundo ponto aberto corresponde à função de heatmaps, mapas interativos que mostram as rotas mais frequentadas pela comunidade. Strava acusa a Garmin de copiar essa funcionalidade em suas plataformas, algo que considera prejudicial ao seu negócio. No entanto, o DC Rainmaker lembra que a Garmin já havia introduzido versões de mapas de popularidade em 2013, mesmo antes de o Strava formalmente solicitar essas patentes. Isso pode ser crucial na defesa da Garmin, que provavelmente argumentará que os registros do Strava nunca deveriam ter sido concedidos.
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O Strava alega ter sofrido "perdas econômicas, oportunidades de negócios frustradas, erosão de sua vantagem competitiva, danos à reputação e lucros indevidos para a Garmin". Além disso, em junho e julho deste ano, a empresa teria notificado por escrito a Garmin sobre as supostas violações, sem conseguir chegar a um acordo extrajudicial.
A ação pede uma ordem judicial permanente que obrigue a Garmin a interromper a venda de todos os dispositivos que incluam essas funções, o que afetaria praticamente todo o seu catálogo de relógios esportivos e ciclocomputadores Edge. Apesar da contundência do pedido, o Strava afirma que não pretende interromper a sincronização de dados entre o Garmin Connect e sua plataforma, e insiste que espera que a Garmin "valorize os usuários compartilhados da mesma forma que o Strava faz".
O conflito surge após meses de tensões. O Strava introduziu recentemente mudanças em sua API que dificultaram a integração com aplicativos e serviços de terceiros, algo que a Garmin criticou abertamente, especialmente no que diz respeito ao uso de dados de seus usuários para treinar modelos de inteligência artificial.
Até o momento, a Garmin não fez declarações públicas, enquanto o Strava afirma ter tentado resolver a questão de forma amigável durante meses e que foi "a atitude cada vez mais agressiva da Garmin em relação aos seus parceiros" que forçou a via judicial.