Quanto dinheiro ganham os melhores mountain bikers?

Os salários dos ciclistas de estrada mais bem pagos é um tema recorrente a cada temporada e as informações a respeito são bastante precisas. Mas no MTB esses dados são mais difíceis de obter já que os protagonistas raramente falam sobre o assunto, muito menos dão números concretos.

Quanto ganham os mountain bikers mais bem pagos?

Em um vídeo postado pela RedBull em 2020, a lenda do downhill Aaron Gwin afirmou que em um bom ano ele poderia ganhar cerca de US$ 1 milhão, levando em conta todos os prêmios em dinheiro por vencer corridas e patrocínios pessoais, independentemente de seu contrato principal com a equipe.

Não parece que Gwin esteja ganhando tanto dinheiro agora, anos depois de seus melhores resultados na Copa do Mundo de DH. Mas esse pode ser o valor em torno do qual se movem os salários dos mountain bikers de elite, entre meio milhão e um milhão de euros, tanto em DH como em XCO. Apostaríamos que haveria dedos suficientes de uma mão para contar os ciclistas desse grupo.

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Mas se nos concentrarmos no Top 10 do ranking da UCI, aí sim temos várias fontes que nos dão uma ideia clara do que ganham os melhores ciclistas XCO do mundo.

Por um lado, Thomas Frischknecht, gerente da equipe SCOTT SRAM, confirmou que: “os melhores ganham mais de 500.000, incluindo o patrocínio pessoal”. A esse respeito, não foi feito nenhum comentário sobre o que ganha Nino Schurter.

E, nesse sentido, recentemente foi Carlos Coloma, gerente da equipe BH Coloma, que confirmou no podcast da Bicilab que “um ciclista do Top 10 custa entre 200 e 600 mil euros”.

Diferenças econômicas abismais entre MTB e ciclismo de estrada

Obviamente, esses números parecem ridículos quando comparados com o ciclismo de estrada. E embora também se dediquem ao mountain bike, seria necessário retirar da equação ciclistas como Van der Poel ou o atual campeão mundial de XCO Thomas Pidcock, cujos salários são estimados em 4 e 7 milhões de dólares, respectivamente. Se os colocássemos em um ranking dos ciclistas de montanha mais bem pagos, ambos estariam em primeiro lugar, com uma grande diferença em relação aos demais.

Nos casos de Van der Poel e Pidcock, além de serem dois ciclistas únicos capazes de vencer nas duas modalidades alternando-as durante a mesma temporada, seus salários são pagos por equipes de estrada, onde a repercussão na mídia e na televisão é um grande atrativo para marcas e empresas externas ao ciclismo que decidem investir grandes quantias de dinheiro para que seus nomes sejam conhecidos em todo o mundo.

Algo que ainda não acontece no mountain bike, onde são basicamente as marcas de fabricantes de bicicletas que sustentam os orçamentos das melhores equipes.

Nesse sentido, e para compreender melhor a diferença salarial entre os ciclistas de estrada e os de mountain bike, basta dizer que os orçamentos das melhores equipes de estrada estão entre 40 e 60 milhões de euros, enquanto o orçamento mais alto de uma equipe de mountain bike é estimado em cerca de 4 milhões.

A chegada da Warner representa uma mudança de era para a economia do mountain bike?

Além das inovações tecnológicas, mudanças no circuito, métodos de treinamento, etc., a maior mudança que o mountain bike de competição vem passando nos últimos anos foi a chegada da Warner Bros. Discovery à Copa do Mundo da UCI.

Já vimos uma grande onda de mudanças em sua primeira temporada como parceiro da UCI, mas isso pode ser apenas o começo, já que parece que o modelo que eles promovem é o de ter menos equipes na competição, tentar aumentar o público em geral interessado no mountain bike e maximizar os benefícios da transmissão das corridas.

Resta saber se essa mudança impulsionará o alcance do mountain bike e atrairá novos patrocinadores ou se apenas fará uma triagem econômica entre as equipes menos abastadas.

O que vocês acham dos salários dos ciclistas de montanha em relação aos ciclistas de estrada? Esperamos seus comentários em nossas redes sociais.