Pogacar descarta La Vuelta e sua equipe o apoia por um motivo de peso

A exibição e a dupla vitória de Tadej Pogacar no Giro e Tour faziam sonhar com a possibilidade de vê-lo na Vuelta tentando um triplo que nenhum ciclista jamais conseguiu na história deste esporte. Mas se o esloveno já havia dito em mais de uma ocasião que era altamente improvável, agora é sua equipe que o respalda com um motivo de peso.

Tadej Pogacar e a UAE confirmam que não estará na Vuelta 2024

Desde que Pantani o fez em 1998, ninguém havia ganhado Giro e Tour na mesma temporada, então pelo estado de forma do esloveno e sua maneira tão espetacular de competir era muito fácil cair na tentação de animá-lo a continuar tentando quebrar limites. Mas no ciclismo atual tudo está bem medido, as planificações a longo prazo não costumam mudar em função das emoções e felizmente Pogacar, sua equipe e seu entorno têm isso claro.

"Não irei para a Vuelta, embora seja uma corrida que eu gosto muito, estive em 2019 e sempre quis voltar. Mas em meu calendário a prioridade é o Tour. Pode ser que no próximo ano me concentre em fazer Tour e Vuelta", dizia o esloveno este ano para depois acrescentar "Este ano há 99% de possibilidades de que não me vejam na Vuelta. Para o próximo ano há uma probabilidade muito maior de me verem lá".

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Mas se alguns viram uma mínima oportunidade nesse 1% restante, Joxesan Fernández Matxin, diretor da UAE, o descartava completamente por uma razão lógica e de peso.

"Seria algo histórico, mas seria a curto prazo e nós pensamos que temos corredor para muito tempo. Se ele fizesse, em menos de um ano faria quatro grandes (contando o Tour de 2025 seriam 4 em menos de 12 meses) e não é o melhor para o futuro nem para sua fisiologia".

O futuro de Tadej Pogacar está em jogo e embora a emoção aponte que ele deveria tentar uma proeza histórica aproveitando seu estado atual, a verdade é que seria uma aposta fisiológica muito arriscada. Além disso, há meses que o esloveno tem um de seus principais objetivos no Mundial deste ano e ele voltou a lembrar após vencer o Tour: "A Mathieu van der Poel fica bem com a camisola arco-íris, mas eu gostaria de tirá-la dele"