O ciclismo entra no metaverso
Meta, empresa proprietária do Facebook, Whatsapp e Instagram publica um vídeo em que avança as possíveis aplicações do metaverso ao mundo do ciclismo, dando como exemplo o desenvolvimento da equipe africana Amani, nascida durante a pandemia e que procura dar a oportunidade de competir com o incipiente ciclismo africano.
O futuro do ciclismo passa pelo metaverso
Que a empresa de Mark Zuckerberg aposta seu futuro no metaverso não é nenhum segredo, especialmente quando há pouco tempo decidiu mudar o nome do Facebook para Meta. Um conceito, conceito ainda disperso mas para o qual se buscam aplicações.
O metaverso é a representação de onde a internet e as comunicações do futuro estarão caminhando, em que o universo virtual se integra ao mundo real, permitindo que ambos interajam e que essas interações sejam refletidas em ambos os níveis, trazendo o que consideramos como realidade para um novo nível.
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Sendo um conceito tão amplo, o próximo passo é como implementar o metaverso e buscar aplicações em diferentes áreas de nossas vidas. Entre os campos de aplicação, não podia deixar de ser o ciclismo, atividade em que os dados, as redes e os mundos virtuais desempenham um papel importante, maximizado em consequência dos confinamentos que sofremos durante os piores meses da pandemia de covid.
Meta desenvolveu em um vídeo feito em colaboração com a equipe Amani sua visão de qual deveria ser a aplicação do metaverso no mundo do ciclismo. Uma escolha que não é coincidência já que a seleção africana nasceu em plena pandemia, com ciclistas de diversos países como Uganda, Ruanda ou Quênia e com o objetivo de transmitir uma mensagem global do potencial do ciclismo africano dando aos seus ciclistas a oportunidade de competir.
A equipe Amani nasceu na internet e seus membros, como o recém-falecido enquanto competia em um evento de gravel nos EUA Sule Kanganki, já tinham claro desde o início o potencial das redes sociais para promover sua atividade, mensagens e aplicativos de treinamento no planejamento seus calendários e, claro, aplicativos de ciclismo virtual, como o Zwift, quando se trata de estender suas opções para competir também no mundo virtual.
No entanto, o vídeo Meta vai além do que já existe e considera como poderia ser a integração entre os mundos real e virtual.
Mostram ideias tão interessantes como o uso de óculos de realidade virtual ao pedalar no Zwift para obter uma imersão total nos mundos sintéticos pelos quais viajamos no conhecido aplicativo. Houve até especulações sobre a possível aquisição da Zwift pela Meta, algo que não seria irracional visto como a empresa de Mark Zuckerberg absorveu outras como WhatsApp e Instagram no passado.
Da mão de Zwift também é coletada outra das possíveis aplicações do metaverso, como levar as transmissões das corridas a um novo nível. Se você já acompanhou a transmissão de uma corrida Zwift, pode apreciar as diferenças com o que costumamos ver na televisão graças aos dados em tempo real dos ciclistas, câmeras diferentes que podemos controlar ao nosso gosto, interferindo no meio do pelotão ou seguindo o ciclista que escolhermos. Uma ideia que vai além, propondo inclusive transmissões holográficas das corridas que também seriam aplicáveis ??a corridas reais.
O uso de visores de realidade virtual também pode encontrar aplicação no mundo exterior para proporcionar realidade aumentada. Imagine ver na frente de seus olhos, como o HUD usado por pilotos de aviões de combate de uma forma muito mais imersiva do que alguns óculos e viseiras disponíveis no mercado, os dados que agora temos em nosso ciclocomputador ou uma linha que marca o caminho da trilha que estamos seguindo.
Embora ainda seja uma visão de futuro, o que fica claro é que Meta está interessada no ciclismo ou, pelo menos, foram consideradas aplicações do metaverso orientadas a duas rodas. Teremos que estar atentos aos caminhos que as redes tomam para o ciclismo.