A Eletrônica chega ao novo Shimano 105 Di2
A Shimano incorpora as 12 coroas e o acionamento eletrônico em seu 105 Di2, o grupo preferido pelos cicloturistas.
Shimano democratiza a eletrônica em seu 105 Di2
Era um segredo a vocês e, apesar da Shimano sempre ter afirmado que a tecnologia eletrônica Di2 era apenas para seus grupos topo de gama, acabou cedendo ao sucesso do Rival eTap AXS da SRAM e levou a tecnologia de seu Dura-Ace e Ultegra para este novo Shimano 105 Di2.
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Como em seus irmãos mais velhos, este Shimano 105 Di2 tem um funcionamento híbrido. A bateria, localizada dentro do quadro, o câmbio dianteiro e o câmbio traseiro se encontram cabeados entre si. Enquanto isso, as alavancas têm funcionamento sem fio, cada um alimentado por duas pequenas baterias de botão tipo CR1632 que, segundo a marca, oferecem uma duração de 3 anos.
Na traseira, encontramos 12 pinhões, com duas combinações de cassetes disponíveis: 11-34 e 11-36, o que deixa muito claras as intenções puramente cicloturistas deste grupo. Pode ser combinado com pedivelas que seguem linhas de desenho semelhantes às marcadas pelo Dura-Ace Di2 e que estarão disponíveis com coroas 50/34 ou 52/36.
Tanto o câmbio traseiro quanto o mudador são projetados para funcionar com qualquer uma das combinações possíveis de transmissão. Ambos, assim como os pedivelas, mantêm evidentes semelhanças estéticas com Dura-Ace e Ultegra.
O câmbio traseiro está disponível apenas em um tamanho de polias que admite, como indicamos anteriormente, todas as combinações de transmissão disponíveis para este grupo. Além disso, como seus irmãos mais velhos, funciona como uma unidade de controle, abrigando a porta de carregamento da bateria.
Por sua vez, o câmbio dianteiro tem placas ligeiramente maiores do que nos grupos superiores para lidar com a maior capacidade de transmissões, admitindo, de acordo com as especificações da Shimano, uma coroa máxima de 52 dentes.
Também as alavancas deste Shimano 105 Di2 reproduzem a ergonomia dos grupos superiores. Aqui sim encontramos diferenças de desempenho em relação ao acionamento dos freios a disco hidráulicos, já que não está incluída a tecnologia Servo Wave, que faz com que o deslocamento da alavanca e das pastilhas não seja linear, o que melhora a modulação da frenagem.
De qualquer forma, as pinças passaram por um redesenho, mudando a localização do bico de sangria para a face externa da pinça para torná-la mais acessível. Por sua vez, o espaço entre pastilhas e discos foi aumentado para minimizar a possibilidade de atrito e ruído.
Aliás, enquanto nos grupos mais superiores foi mantida a opção de freios de aro convencionais, este novo Shimano 105 Di2 estará disponível apenas para freios a disco.
Este novo Shimano 105 Di2 tem um peso declarado de 2.992 g, o que o coloca em um patamar semelhante ao seu concorrente direto, o SRAM Rival eTap AXS, que declara 3.109 g. Terá um preço oficial de 1.869€.
Este grupo está orientado principalmente para montagens OEM e espera-se que as primeiras bicicletas que o equipem comecem a estar disponíveis a partir do mês de julho. Já os grupos de aftermarket, chegarão às lojas durante o mês de setembro.
Companheiros perfeitos
Para completar seu novo 105 Di2, a Shimano preparou um novo par de rodas de carbono chamado WH-RS710 que estará disponível em duas versões, C46 e C32 que fazem alusão à altura do perfil de seu aro.
Ambos apresentam um aro de largura interna de 21 mm e, claro, são compatíveis com tubeless. A C46 tem um peso de 1.607 g enquanto o C32 para a balança em 1.511 g.