"Não estamos correndo uma maldita marcha cicloturista": a raiva de Pidcock em Bilbao

Autoestrada 03/09/25 19:47 Migue A.

A etapa 11 da Volta a Espanha 2025, que deveria terminar no coração de Bilbao, terminou sem vencedor. Um protesto pró-Palestina na linha de chegada obrigou a organização a suspender um final que estava muito encaminhado para o britânico Tom Pidcock.

Pidcock: "O ciclismo não tem nada a ver com o que está acontecendo"

A ação, motivada pela participação da equipe Israel-Premier Tech na volta, deixou um forte mal-estar no pelotão e, especialmente, em Tom Pidcock (Q36.5 Pro Cycling), que tinha aberto uma vantagem junto com Jonas Vingegaard (Visma Lease a Bike) no Alto de Pike e sonhava com sua primeira vitória de etapa em uma grande volta desde 2022.

Pidcock não escondeu sua frustração após a chegada e falou abertamente:

"É difícil descrever a decepção, para ser honesto. Sentia que hoje era o meu dia. Acho que sempre deveria haver uma linha de chegada. Não estamos participando de um simples passeio ciclístico, certo?", afirmou para a imprensa, ainda suando sobre o rolo após chegar à meta sozinho, apesar da organização ter desviado o restante dos corredores diretamente para os ônibus.

"Não estamos correndo uma maldita marcha cicloturista": a raiva de Pidcock em Bilbao

O britânico reconheceu que sabia que a neutralização seria feita a 3 km da meta, mas admitiu que não soube identificar o ponto exato: "Foi simplesmente uma coisa de Tom Pidcock, não foi? Já sabia que a neutralização chegava a 3k, mas não sabia exatamente onde estava esse ponto. Estava ocupado demais tentando me revezar com Jonas, e quando passamos por ali percebi que não haveria vencedor".

Embora inicialmente tenha tentado medir suas palavras, acabou se pronunciando firmemente sobre os protestos: "Não é fácil. Acho que a Volta fez o que pôde para nos manter seguros. Não quero dizer nada político porque me meteria em problemas, mas a verdade é que no pelotão às vezes dá medo".

Em seguida, enviou uma mensagem direta aos manifestantes: "Enquanto nossa segurança estiver em primeiro lugar, podemos continuar correndo, que é para isso que estamos aqui. O ciclismo não tem nada a ver com o que está acontecendo. Colocando-nos em perigo, vocês não vão ajudar sua causa. Todo mundo tem o direito de protestar pelo que quiser, mas colocar-nos em perigo não é o caminho".

"Muita gente fala do que está no papel. Não estou dizendo que teria vencido, mas tinha uma boa chance. É decepcionante, mas não vou gastar energia com isso. Ainda há um longo caminho nesta Volta". "Pelo que me disseram, hoje seria o dia com mais protestos, então espero que a partir de agora tudo corra melhor". Concluiu Pidcock.

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