"Se não ganharem, deveriam sentir vergonha": Jogernson sobre a Bélgica nas Olimpíadas

Entrevistado nos dias anteriores à corrida de estrada dos Jogos Olímpicos de Paris 2024, Matteo Jorgenson tem perfeitamente claro que a dupla Wout van Aert, Remco Evenepoel são os favoritos máximos para a vitória na complicada prova que será disputada na manhã de sábado, 3 de agosto.

Matteo Jorgenson coloca a etiqueta de favoritos para conquistar o ouro olímpico na equipe belga

Enquanto a maioria das apostas apontam Mathieu van der Poel como o principal favorito para a vitória na prova olímpica de ciclismo de estrada, em uma entrevista pré-competição, Matteo Jorgenson tem isso muito claro. Para ele, a equipe belga, composta por Wout van Aert, Remco Evenepoel, Jasper Stuyven e Tiesj Benoot são superiores como um todo a qualquer outra seleção, tanto que "deveriam se envergonhar se não ganharem".

Jorgenson, que liderará a equipe dos Estados Unidos na prova de Paris 2024 junto com Brandon McNulty e Magnus Sheffield, afirmou que chegava a esta competição em uma forma espetacular, embora tenha dúvidas sobre como seu corpo irá reagir à fadiga acumulada durante o Tour de France 2024, onde terminou em oitavo lugar na classificação geral.

Entre seus argumentos para apontar a Bélgica como favorita em relação a Mathieu van der Poel estão as sensações que o neerlandês lhe causou durante o Tour de France, algo que também aconteceu no ano passado e que o surpreendeu bastante ao vencer em Glasgow. "Não é que ele estivesse treinando, é que não conseguia se juntar ao grupo da frente. Não consigo prever o que ele será capaz de fazer no sábado, mas é impressionante como ele pode melhorar tanto em tão pouco tempo".

Além do inegável poder de Wout van Aert e Remco Evenepoel como pilares da equipe belga, Jorgenson aponta Jasper Stuyven como um azarão que se mostrou muito forte na parte final do Tour de France, chegando até a roçar a vitória de etapa. O norte-americano menciona que lhe contaram que Stuyven fez algumas sessões espetaculares de moto em Mônaco como preparação para os Jogos Olímpicos em Paris 2024.

"Com a equipe que eles têm, podem se dar ao luxo de arriscar. Acredito que um ciclista solitário vencerá. Eles podem atacar com a confiança de que terão companheiros atrás deles", afirmou Matteo Jorgenson.

Também lhe perguntaram como espera que se desenvolva uma corrida tão atípica com um pelotão de apenas 90 ciclistas. "A corrida pode começar de muito longe, até mesmo a meio caminho. A partir daí, veremos um festival de desgaste e, provavelmente, um vencedor solitário".

Um Jorgenson que está plenamente consciente da importância que os Jogos Olímpicos têm em um país como os Estados Unidos "Não se trata de apenas mais uma corrida. Vou participar com a mesma mentalidade com que correria o Tour de France".