Jolanda Neff volta a ganhar no ciclocrós e conquista suas duas primeiras vitórias com a Cannondale na modalidade

Jolanda Neff voltou ao ciclocross pela porta grande. A suíça, que nos últimos anos havia relegado essa disciplina a um segundo plano enquanto passava grande parte do inverno nos EUA, voltou a colocar um número de competição neste fim de semana na North Carolina Cyclo-Cross, uma das provas mais antigas do calendário americano. E fez isso para conquistar duas vitórias consecutivas, as primeiras que consegue em CX desde que assinou com a Cannondale Factory Racing.

Jolanda Neff volta ao ciclocross com um double na Carolina do Norte 

Em ambas as jornadas, sábado e domingo, provas de categoria C2, Neff dominou com autoridade. No primeiro dia, venceu com um tempo de 48:06, superando com margem Lizzy Gunsalus (+0:39) e Lauren Zoerner (+1:09). E vinte e quatro horas depois, repetiu a vitória, desta vez com 51:19, à frente novamente de Gunsalus (+0:16) e Zoerner (+0:36).

 

 

 

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Esses resultados confirmam que ela ainda tem um nível de técnica na lama superior à média, mesmo sem se preparar especificamente para a disciplina. E que voltou a competir com desenvoltura, algo que nem sempre pôde dizer nos últimos anos.

 

 

 

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Embora Neff já soubesse o que era ganhar em Hendersonville, o que fez em 2022, essa dupla vitória tem um valor especial, pois são suas primeiras vitórias em ciclocross com a Cannondale, equipe que ela se juntou no início da temporada 2025 para relançar sua carreira em XCO.

Seu ingresso na Cannondale também coincidiu com um ano chave para a suíça. Após os problemas respiratórios que por muito tempo não conseguiram diagnosticar e que até a levaram a renunciar à sua participação nos Jogos Olímpicos de Paris, 2025 marcou uma recuperação progressiva. Sem ainda voltar à sua melhor versão, ela voltou a competir na frente, entrou no top 5 da Copa do Mundo e recuperou sensações que não tinha há anos.

Além do desempenho, a figura de Neff continua sendo uma das mais queridas do circuito de MTB. Seu estilo agressivo na bicicleta, sua forma de competir e um carisma muito pouco comum no ciclismo de elite a tornaram uma dessas corredoras capazes de atrair fãs apenas com sua presença na linha de partida.