Formas gratuitas de ganhar aerodinâmica

Autoestrada 19/02/24 07:03 Guilherme

Cuidar da aerodinâmica é uma das formas mais fáceis de melhorar o desempenho na bicicleta. Muitas dessas melhorias podem ser alcançadas sem investir um único euro, simplesmente trabalhando em pequenos detalhes que muitas vezes passam despercebidos. Descubra as melhores maneiras de economizar watts.

Velocidade extra sem custo

Melhorar o desempenho na bike é o grande desejo da maioria dos que amam pedalar. Pedalar com menos esforço permite-nos enfrentar percursos mais longos ou mais rápidos e, em geral, faz-nos desfrutar mais da bicicleta.

Melhorar o desempenho está obviamente associado a treinar duro e se cuidar. No entanto, também temos que levar em consideração outros tipos de detalhes que, se trabalharmos neles, nos permitem melhorar sem muitas contraposições. Uma das mais relevantes é a aerodinâmica, ou seja, tentar reduzir o efeito do principal elemento que se opõe ao progresso do ciclista, principalmente quando a velocidade aumenta.

Quando falamos em melhorar a aerodinâmica, muitos pensam em estudos de túnel de vento, bicicletas aerodinâmicas ou rodas de perfil. No entanto, podemos alcançar melhorias importantes com muito mais facilidade.

80% da resistência do vento vem do ciclista, portanto, é o primeiro local a ser trabalhado, posicionando-o na bicicleta de forma que ofereça a menor superfície frontal por onde o ar tenha que passar.

Portanto, o primeiro passo será procurar uma posição na bicicleta que reduza essa área frontal, algo que consiste aproximadamente em ficar o mais horizontal possível e estreitar. A primeira parte geralmente é obtida abaixando a posição do ciclista, algo que podemos conseguir removendo os espaçadores do guidão. Aqui o fator limitante é a capacidade de flexão do nosso quadril, pois a flexão excessiva reduz a capacidade de gerar força na primeira fração da pedalada.

Uma opção é jogar com o recuo do selim de forma que, se o avançarmos, podemos girar a posição total do corpo para que, avançando o selim, precisaremos levantá-lo para compensar e, por sua vez, ficaremos mais próximos do guidão para que possamos ir mais baixo. O problema é que buscar posições tão agressivas requer um físico adequado para torná-las sustentáveis.

Frequentemente, o ciclista médio não trabalha de nenhuma forma outros músculos além dos das pernas, tendo grandes deficiências nos músculos estabilizadores e na parte superior do corpo. Trabalhos complementares, como o Pilates, nos permitirão ter a flexibilidade e o tônus ??necessários nesses músculos para poder pedalar em uma posição agressiva por muito tempo.

Outro ponto a se controlar na posição da bike é a pegada no guidão. Aqui o ideal é que o braço e o antebraço formem um ângulo de 90º, minimizando assim sua área de superfície que se opõe ao vento. É por isso que muitas vezes é mais aerodinâmico segurar nas alavancas do que na curva do guidão.

No aspecto da pegada também podemos influenciar o fator largura. Se olharmos para as bicicletas dos profissionais, muitos optam por rodar os manetes para dentro, o que permite uma pegada mais apertada que, mesmo que pouco, reduzirá a nossa área frontal e, consequentemente, melhorando a aerodinâmica.

No entanto, de pouco nos servirá ter uma boa posição na bicicleta se usarmos roupas folgadas que esvoaçam ao vento. Esse é outro dos aspectos básicos para cuidar. As roupas que vestimos devem ser justas, não usar uma camisa dois tamanhos maior, como costumamos ver nas estradas. Você ainda não experimentou macaquinho para estrada? além de muito confortáveis, também agregam uma certa melhoria aerodinâmica. Tudo isso é extensível ao usar colete ou capa de chuva. Felizmente, os designs atuais pensam nisso e seus cortes são justos, apesar de dificultar a colocação e a retirada em movimento.

Importante do aspecto aerodinâmico é evitar abrir o zíper da camisa como muitos fazem quando o calor aperta. Se subimos uma subida a 10 km/h, obviamente podemos fazê-lo já que a essa velocidade a influência da aerodinâmica é residual, mas não numa subida lançada de 5% onde estamos rodando a mais de 20 km/h e onde uma camisa aberta nos forçará a aportar muitos watts extras.

Outro aspecto a ter em atenção são as superfícies por onde circula o ar, de forma a garantir que o fluxo que passa sobre elas é afetado o menos possível. Aqui entraríamos no campo dos ganhos marginais, mas tudo soma.

No que diz respeito ao ciclista, podemos cuidá-lo com algo tão simples como manter as pernas bem depiladas. Se já estendemos para os antebraços, outra das áreas que costuma acumular pelos, bom, ganharemos. No caso da bicicleta, o que cuidaremos é que ela esteja limpa, não como costumamos ver em muitas ocasiões, que os tubos diagonais acumulem respingos e todo tipo de sujeira que, em maior ou menor grau, influenciarão a passagem do fluxo de ar.

Mais detalhes que podemos cuidar é a colocação do ciclocomputador, totalmente na horizontal para oferecer menos resistência. Se levarmos apenas uma garrafa, é mais aerodinâmico colocá-la no porta-garrafas do tubo do selim do que na diagonal ou, ao transportar as ferramentas e as peças de reposição, escolher uma bolsa de selim o mais minimalista possível ou, ainda, melhor, carregue na camisa, sobretudo, evitando colocar a bomba no quadro.

São pequenos detalhes que por si só oferecem melhorias mínimas, mas que somados nos permitem economizar alguns watts que são sempre bem-vindos, especialmente quando estamos andando a toda velocidade e são esses poucos watts que fazem a diferença entre sobrar ou aguentar.

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