Exibição de Tadej Pogacar na Clásica Jaén Paraíso Interior

O ciclista esloveno não poderia ter começado a temporada de melhor forma. Primeira corrida de 2023 para Tadej Pocagar e primeira vitória, de maneira contundente graças a uma forte mudança de ritmo a 42 quilômetros do fim, emulando sua atuação no ano passado na Strade Bianche, à qual ninguém foi capaz de seguir respondendo.

Pogacar, intratável sobre a terra, vence na meta de Baeza

Tadej Pogacar deu um grande presente a uma corrida que nasceu da ilusão de ter uma clássica com trechos de terra de Pascual Momparler, seu organizador. Uma vitória que dá ainda mais prestígio aos títulos do evento se não bastasse o espetáculo que Alexey Lutsenko nos deu no ano passado, ausente este ano da prova por estar disputando o Tour de Omã.

O atrativo menu do dia, em que a dureza na parte central foi reduzida para evitar que a corrida fosse quebrada como aconteceu na edição inaugural, consistia em um menu de 178 km entre Úbeda e Baeza, com 7 trechos de caminhos de terra por entre os olivais característicos da zona, bem batidos, ??mas com o incómodo cascalho deixado pela passagem de veículos agrícolas que obriga a manter toda a atenção quando se atravessam em uma bicicleta de estrada.

O início da prova ficou marcado por uma fuga de 5 corredores, entre eles os espanhóis Xabier Mikez Azparren e Sergio Samitier, últimos sobreviventes após um processo de seleção natural. Na realidade, só o alto aragonês acabaria prolongando a sua aventura, que acabaria indo sozinho a 50 km do fim, pouco antes de entrar no 4º trecho de terra do dia.

Um trecho de 3,5 km, em uma subida constante e cansativa, que foi o local escolhido pela UAE Team Emirates para quebrar a prova à sua vontade. Justo coincidindo com a mudança do asfalto para a terra, Tim Wellens estabeleceu um ritmo muito difícil com Tadej Pogacar na roda. Um movimento que o esloveno continuou para deixar o pelotão em apenas 5 unidades.

Depois de apanhar um pouco de ar, que o seu companheiro de equipe Marc Hirschi aproveitou para regressar ao grupo e passar para a vanguarda mantendo o ritmo vivo, Pogacar fez a aceleração definitiva a pouco mais de 42 quilómetros do fim. Aqui terminaria a corrida, já que ninguém conseguia nem ameaçar seguir a roda. Nem mesmo um furo no último trecho de terra, faltando pouco menos de 8 quilômetros, o deteria dada a vantagem sobre seus perseguidores.

@TamauPogi se marcha en solitario camino a Baeza.

Todavía 33 kilómetros para el final de esta #ClásicaJaén23.

¡ESPECTÁCULO!

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— Clásica Jaén Paraíso Interior (@ClasicaJaen) February 13, 2023

Por seu lado, Sergio Samitier, ainda à frente, viu como a sua diferença se esvaía logo na saída do trecho, o que lhe deu a oportunidade de tentar seguir Pogacar. As esperanças dos ciclistas de Huesca não duraram muito, já que no trecho seguinte o corredor da UAE Team Emirates o deixou, embora depois comentasse que havia sofrido um furo, também confessou que não teria aguentado muito mais.

Em todo o caso, Pogacar mostrou que, apesar de ser a sua primeira corrida da temporada e da teórica falta de ritmo de competição que isso implica, Pogacar está dois ou três pontos acima da maioria do pelotão, se excluirmos o resto das superestrelas do panorama atual.

A diferença foi, portanto, aumentando para além do minuto. Atrás, no grupo perseguidor, com nomes como Ben Turner, Luke Rowe, Lorenzo Rota ou Andreas Kron, sabiam que só tinham de lutar pelo segundo degrau do pódio, tarefa nada fácil com os dois homens da UAE Team Emirates: Hirschi e Wellens, dispostos a levar o pódio da prova para sua equipe.

O pódio seria decidido no último trecho de terra, faltando 8 quilômetros, trecho com duras subidas, superiores a 10%. O primeiro a tentar foi Ben Turner, seguido por Tim Wellens. Com a vitória assegurada pela frente, Wellens não hesitou em entrar para colaborar com Ben Turner e a diferença foi aumentando. No mano a mano nos calçamentos do centro de Baeza, seria o ciclista INEOS Granadeiros quem conquistaria o segundo lugar, primeiro dos mortais, com o belga fechando o pódio.

Classificação Clásica Jaén Paraíso Interior

1. Tadej Pogacar (UAE Team Emirates) 4h36'37''
2. Ben Turner (INEOS Grenadiers) +58''
3. Tim Wellens (UAE Team Emirates) m.t.
4. Marc Hirschi (UAE Team Emirates) +1'29''
5. Andreas Kron (Lotto Dstny) m.t.
6. Ben Tulett (INEOS Grenadiers) m.t.
7. Lorenzo Rota (Intermarché-Circus-Wanty) m.t.
8. Gorka Izagirre (Movistar Team) m.t.
9. Walter Calzoni (Q36.5) m.t.
10. José Manuel Díaz Gallego (Burgos-BH) m.t.