Um estudo confirma que ir na roda beneficia inclusive nas subidas

Autoestrada 25/11/21 01:15 Guilherme

Proteger-se do vento funciona no pelotão, na descida, mas também nas subidas. Isso confirma um estudo recente.

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Ir na roda no ciclismo, também na subida

Até hoje sabíamos do importante papel que tem uma equipe de ciclismo num aspecto fundamental como o de proteger o líder ou o velocista perante o momento chave. Para isso, costumam colocá-lo na segunda linha para ir de roda, ditar o ritmo e protegê-lo do vento contra.

Até hoje, sabíamos também que numa daquelas etapas de falso plano, em que uma fuga cuida entre conseguir chegar ou não à linha de chegada, os revezamentos são necessários e até recriminam-se porque não é a mesma coisa liderar o grupo do que ir de roda.

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E até hoje, por fim, também acreditávamos estar claro que aquelas posições que levam alguns a enfrentar a resistência do vento enquanto outros se protegem aerodinamicamente atrás da roda não funcionavam quando a estrada subia. Mas, como dissemos, até hoje.

Porque um estudo recente mostrou que sugar na roda, como é conhecida na gíria dos ciclistas, também funciona e beneficia a economia de energia do ciclista, mesmo em subidas bastante íngremes.

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Os fatos: ir de roda na subida economiza até 7% de potencia

Foi publicado pela revista científica Sports Engineering e o artigo está disponível no Springer Link, após a realização de um estudo aprofundado no qual expôs os parâmetros comparativos em subidas de mais de 7%. E os resultados são clarividentes: subir mais de 7,5% de inclinação, algo muito comum em grandes passagens de montanha que atingem uma média mais ou menos semelhante, andar atrás de outro ciclista economiza 7% da potência. Mas é que fazê-lo em um grupo de 8 ou mais ciclistas, e esperar do meio para o fim do grupo, pode te dar um valor maior: uma economia de mais de 9%.

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O seu funcionamento tem uma lógica arcaica, mas lógica e funciona a mil maravilhas: um ciclista assume a liderança e é quem mais se esforça para quebrar a barreira do vento. Uma vez que essa cortina se abre como uma faca, devido à dinâmica do ar, a resistência para os ciclistas que vão na roda é bem menor. Há anos essa teoria tem números: no plano e a mais de 40 quilômetros por hora, estima-se que mais de 90% da resistência experimentada pelo ciclista vem da resistência ao vento. As bicicletas, os rolamentos de cerâmica, o carbono, os pneus especiais e a termoformação dos quadros reduziram essa resistência ao mínimo. Mas o vento, a frontalidade do ar, é uma força da natureza, e esteve e estará lá.

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A questão era se esse comportamento funcionava subindo e a resposta é sim. Mas mesmo os pesquisadores qualificam esses dados. Porque para torná-los realidade, você deve ser um ciclista de um certo nível, pois isso exige atingir uma certa potência e uma certa velocidade. Lembre-se de que estamos falando de mais de 7% de inclinação, no qual você terá que colocar mais de 400 watts durante essa subida, subidas que muitas vezes ultrapassam os 10 quilômetros. Mas se você é um ciclista capaz de economizar esse pouco, fique na roda, pois vai economizar mais de 7% da potência, potência que poderá usar no último trecho da montanha para atacar. E se você atacar, afaste-se para que o outro ciclista não aproveite os benefícios de ir na roda.

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