Van der Poel quer continuar descansando e mira o Mundial de MTB de 2026

Não parece que Mathieu van der Poel, que nos últimos dias tem sido visto a desfrutar da sua outra grande paixão, o golfe, esteja com muita pressa em retomar os treinos. O holandês, em entrevista ao jornal belga Het Laaste Niewsblad, analisou o final da temporada e os sucessos de Pogacar e, por sua vez, deixou alguns indícios de como encara 2026, ano em que o Mundial de MTB voltará a centrar as atenções naquilo que já encara como um desafio pessoal.

Paris-Roubaix, Tour de France e Campeonato Mundial de MTB são os principais objetivos de Mathieu van der Poel para 2026

Mathieu van der Poel continua prolongando suas férias. Na verdade, há alguns dias, ele foi visto curtindo um dia de golfe nos Estados Unidos na companhia do famoso nadador Michael Phelps e do CEO da Whoop. O holandês confessou que deu uma volta de bicicleta na segunda-feira, mas que provavelmente ela continuará na garagem por mais algum tempo: “Não vai me fazer mal mais uma semana de descanso. Quando o ciclocross começar, voltaremos a desfrutar de uma rápida sucessão de corridas. Em breve estaremos em forma novamente”, afirmou com total despreocupação.

Isso significa que, como já sabíamos, ele não defenderá seu título de Campeão Mundial de Gravel em uma corrida que será disputada na Holanda no próximo domingo. Além disso, em relação à sua temporada de ciclocross, ele já avisa que será uma campanha reduzida, com um número de corridas e um planejamento semelhantes aos do ano passado, então, até o Natal ou mesmo o Ano Novo, provavelmente não o veremos de volta aos circuitos.

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Mathieu van der Poel, aos 30 anos, completará 31 no próximo dia 19 de janeiro, admite que, apesar de não se sentir esgotado, agora se concentra em objetivos mais concretos: “Competir é divertido, mas no final você é julgado por vencer corridas. Em parte porque estou ficando mais velho, nos últimos anos aprendi a me concentrar no que é melhor para mim”.

Um desses objetivos é o Mundial de MTB, que em 2025 teve um resultado decepcionante para ele, mas continua sendo um objetivo para ele. “Não vou abandonar o mountain bike até ganhá-lo, embora seja muito provável que nunca consiga. É algo parecido com o que Tadej Pogacar tem com Flandres ou Roubaix: é um desafio”.

E por falar em Tadej Pogacar, Mathieu van der Poel só teve elogios para um ciclista que também considera amigo fora da bicicleta: “É realmente impressionante. O novo Merckx talvez não seja a comparação correta, porque ele se chama Pogacar, mas para nós deve ser um pouco como quando Merckx corria. No seu terreno, ele pode fazer o que quiser”.

Palavras que têm ainda mais mérito vindo do único ciclista que foi capaz de vencer o esloveno em um confronto direto tanto em Milão-San Remo quanto em Paris-Roubaix: “isso foi no meu terreno e, mesmo assim, foi por pouco. Não acho que seja uma ameaça para ele no seu terreno”, confessou o holandês, que pretende que continue assim, pelo que as clássicas, o Tour de France e o mencionado Mundial de MTB continuarão a ser, tal como nesta temporada que agora termina, os seus principais objetivos.