David Gaudu rouba a carteira de Pedersen em um novo final em subida

Fiel ao estilo da La Vuelta, novo final pontuável, curto e explosivo em que todas as apostas apontavam para a vitória de Mads Pedersen e ninguém contava com um David Gaudu que apareceu do nada para surpreender a todos.

Jonas Vingegaard mantém a camisola vermelha por mais um dia em outro final explosivo da La Vuelta

A terceira etapa da La Vuelta nos apresentou um perfil um pouco mais interessante do que nos dias anteriores em um percurso que ligava San Maurizio Canavese a Ceres. Um dia dividido em duas partes claras, a primeira metade completamente plana e o final, após passar por uma montanha de segunda categoria, em terreno quebrado e sinuoso com várias subidas não pontuáveis, mas que poderiam muito bem ser.

Como sobremesa, um final típico italiano em Ceres, uma cidade localizada em uma altitude com uma subida explosiva que descarta os sprinters mais puros. O único problema, uma etapa de apenas 134 quilômetros, insuficiente para gerar o desgaste que muitas vezes acaba proporcionando o espetáculo. Não esqueçamos que o ciclismo é um esporte de resistência.

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A fuga do dia foi mais disputada do que nos dias anteriores, mas, no final, mais do mesmo. Desta vez, os responsáveis por decidir como seria esta seriam os homens da Lidl-Trek em uma etapa que parecia destinada à vitória de Mads Pedersen. Após a formação de um pequeno grupo de 4 unidades, Sean Quinn, Patrick Gamper, Alessandro Verre e Luca Van Boven, decidiram que esse era o número perfeito para controlar com facilidade e bloquearam os ataques, privando-nos do espetáculo que vemos em outras corridas com uma primeira ou até mesmo uma segunda hora disputada com dezenas de ataques.

Na montanha de segunda categoria, a fuga se selecionou graças ao impulso do líder da montanha, Alessandro Verre, em busca de pontos interessantes. Apenas Sean Quinn foi com ele. Após a montanha, o esforço cobrou seu preço ao italiano e, em uma dessas subidas não pontuáveis, o norte-americano ficou sozinho na frente em busca do prêmio de combatividade, pois sua aventura tinha data de validade devido ao impulso dos ciclistas da Lidl-Trek.

A Lidl-Trek acelerou o ritmo na montanha para deixar Jasper Philipsen para trás, embora ele tenha conseguido se juntar depois, já estava com suas forças muito abaladas para disputar a etapa. Na verdade, a Lidl-Trek fez tudo certo, mantendo o bloco e Mads Pedersen perfeitamente posicionado na abordagem à meta.

O dinamarquês antecipou a complicada última curva sabendo que era necessário tomá-la na liderança, quando, saindo do terceiro lugar, já que após o dinamarquês vinha o outro dinamarquês, o líder Jonas Vingegaard, apareceu traçando de forma magistral por dentro um David Gaudu que já havia mostrado seu bom estado de forma no dia anterior e surpreendeu um desapontado Mads Pedersen, levando para casa uma vitória que põe fim a uma série de azar em 2025.

O francês empatou no tempo geral com Jonas Vingegaard, embora o desempate com os resultados da primeira etapa tenha decidido que o ciclista da Visma-Lease a Bike voltará a vestir a camisola vermelha de líder na próxima etapa.

Classificação da etapa 3

1. David Gaudu (Groupama-FDJ) 2h59'24''
2. Mads Pedersen (Lidl-Trek) +00''
3. Jonas Vingegaard (Visma-Lease a Bike) +00''
4. Giulio Ciccone (Lidl-Trek) +00''
5. Jordan Labrosse (Decathlon-AG2R La Mondiale) +00''
6. Orluis Aular (Movistar) +00''
7. Santiago Buitrago (Bahrain-Victorious) +00''
8. Egan Bernal (INEOS Grendiers) +00''
9. Bjorn Koerdt (Picnic-PostNL) +00''
10. Jai Hindley (Red Bull-BORA-hansgrohe) +00''

Classificação Geral

1. Jonas Vingegaard (Visma-Lease a Bike) 10h55'36''
2. David Gaudu (Groupama-FDJ) +00''
3. Giulio Ciccone (Lidl-Trek) +08''
4. Egan Bernal (INEOS Grenadiers) +14''
5. Thomas Pidcock (Q36.5) +16''
6. Jai Hindley (Red Bull-BORA-hansgrohe) +16''
7. Santiago Buitrago (Bahrain-Victorious) +16''
8. Matteo Jorgenson (Visma-Lease a Bike) +16''
9. Juan Ayuso (UAE Team Emirates-XRG) +16''
10. Valentin Paret-Peintre (Soudal-QuickStep) +16''