Outro ciclista testou positivo para Tramadol e foi desclassificado do Mundial pela UCI
A análise realizada no ciclista ucraniano Mykhaylo Kononenko após o Mundial de Contrarrelógio de Ciclismo revelou a presença de Tramadol em seu organismo, o analgésico opióide cujo uso foi estendido no esporte. Tal como no caso de Nairo Quintana, a sanção significou a desclassificação da referida competição e a perda dos pontos UCI que poderia ter alcançado.
A UCI realizou 32 controles para detectar Tramadol durante os campeonatos mundiais em Wollongong
Apesar da comoção causada pelo caso de Nairo Quintana e sua desclassificação do Tour de France após testar positivo para Tramadol, um positivo que foi confirmado pelo Tribunal Arbitral do Esporte há poucos dias e que teve como consequência, além da já mencionada desqualificação, a dispensa de sua equipe, Arkéa-Samsic, o Tramadol continua muito presente no pelotão como se deduz do aparecimento de um caso positivo entre os 32 controles efetuados especificamente para procurar esta substância durante o Mundial de Ciclismo.
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Lembramos que Tramadol é um analgésico opióide que os atletas utilizam para acalmar as dores geradas pelas intensas demandas do esporte competitivo e que a UCI proibiu de forma unilateral, culpando seus efeitos colaterais ao aumento de quedas e situações de risco no pelotão.
Como dissemos, um novo positivo apareceu durante o Campeonato Mundial de Ciclismo após a disputa do contrarrelógio. Nesta ocasião, o resultado adverso coube ao ciclista ucraniano Mykhaylo Kononenko que foi desclassificado de uma prova em que terminou em 43º lugar, a mais de 7 minutos do vencedor Tobias Foss.
Sendo este o primeiro positivo para o Tramadol para este ciclista, a sanção implica apenas a desclassificação da prova em que ocorreu e a perda de pontos UCI caso tenham sido obtidos.
Uma certa permissividade, já que a UCI só proíbe seu uso em competição, que deve acabar a partir da próxima temporada, já que o Tramadol seria incluído na lista de produtos proibidos pela WADA para 2023, embora tenham decidido adiar essa incorporação até 2024 de acordo com às declarações da própria agência mundial antidoping, para fornecer um ano adicional para educar os atletas e seu ambiente sobre a aplicação prática dessa proibição.
Assim, o ciclismo continuará sendo em 2023 o único esporte em que o Tramadol está proibido, limitação de utilização que, como demonstra a decisão do Tribunal Arbitral do Desporto no caso de Nairo Quintana, está apoiada juridicamente pela legislação desportiva.