Como você se sente em relação ao ciclismo? Amor ou vício?
São milhares de artigos que lembram os benefícios, principalmente para a saúde, de andar de bicicleta. É verdade, são infinitos, por isso não pretendemos mais voltar a insistir que sair de bicicleta faz bem à saúde, ao seu ânimo, à autoestima, às costas, para suas relações pessoais ou mesmo para o meio ambiente. Essas já são evidências. O que queremos é explicar a você por que a bicicleta vicia e quais são as consequências disso.
Como se explica que é um viciado em bicicletas
Quer você pratique ciclismo de estrada, mountain bike, triatlon ou fixa, você saberá que as duas rodas viciam. Ao experimentar a bicicleta, você percebe que é algo que contribui muito e lhe dá a possibilidade de se sentir livre e confiante não só para praticar esportes, mas para chegar a lugares inesperados.
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Insistimos, a bicicleta aumenta a sua autoconfiança e o seu desempenho em todas as áreas da sua vida, traz bem-estar e tira de você o pior do momento: raiva, estresse, ansiedade ou qualquer tensão. Mas não é tudo isso que o deixa viciado na bicicleta. Existem duas teorias sobre o vício em bicicletas e as duas são válidas e interdependentes:
- A psicologia social analisa o comportamento do indivíduo em um ambiente social e tem analisado esse comportamento para descobrir as razões pelas quais a bicicleta causam dependência. Seu principal argumento se refere a motivos de evasão ou distração, ou seja, é o campo mais próximo do que você já sabe: a bicicleta te tira da rotina, te leva a lugares diversos, te liberta, te ajuda a se sentir bem-sucedido consigo mesmo e com os outros. Estas razões explicam porque o seu comportamento muda e, depois de experimentar a bicicleta, pensa apenas no seu próximo percurso, na sua próxima bicicleta, no seu próximo objetivo ou desafio, etc.
- Mas existe uma teoria mais quantitativa, proveniente da medicina fisiológica. Alguns estudos de fato monitoraram o ciclista para tentar medir o que acontece em seu corpo quando ele anda de mountain bike todos os dias. Nos laboratórios, foi criada uma rotina em que um ciclista anda de bicicleta por uma semana seguida, dia a dia, e é comparado com o mesmo ciclista durante uma semana em repouso. As grandes diferenças estão no funcionamento da hipófise, que trabalha várias vezes mais quando o ciclismo faz parte da sua rotina. E a hipófise é responsável pela produção de endorfinas. O que as endorfinas fazem em nosso corpo? Pois bem, são responsáveis ??por gerar um estado de bem-estar e até euforia. Ou seja, em suma, são as responsáveis ??pelo seu estado de felicidade. Parece romântico, mas é ciência: a bicicleta traz felicidade. Isso não surpreende a nós, ciclistas, algo que suspeitávamos.
O que os estudos dizem sobre o vício em bicicletas
Claro, qualquer vício pode se tornar prejudicial. Aí está a verdadeira virtude, em saber chegar ao ponto ótimo em que o ciclismo é parte fundamental da sua felicidade, mas não afeta outras esferas da sua vida que também lhe trazem felicidade.
Se você perceber que esse não é o caso, talvez esteja caindo no vício da bicicleta. É verdade que esse tipo de vício é relativamente raro: um estudo publicado na revista "Psychology in the sport and practice" estimou o vício ao esporte em apenas 0,5%, então o vício limitado ao ciclismo seria ainda menor. O fator fundamental é medir quando andar de bicicleta leva à diminuição do rendimento, mau humor ou dificuldade para dormir. Então, surge um problema de vício. Este estudo estima que costuma aparecer se você se exercitar mais de cinco vezes por semana.
Aí está o fato: mais de 5 vezes por semana pode causar um vício prejudicial para você. O descanso, mais uma vez, é essencial.
Este estudo, publicado pelo Dr em medicina Mark D. Griffiths, é bastante conclusivo a esse respeito, afirmando que se pode criar vício no ciclismo, que andar de bicicleta ou mountain bike pode criar dependência. Claro, ele afirma que a incidência e o risco são baixos, e que os benefícios de andar de bicicleta são tantos e tão altos que não deve ser uma grande preocupação.
Claro, você deve ter um pouco de cuidado ao medir sua dedicação a qualquer coisa. Mas não seremos nós que lhe diremos para medir o seu vício na bicicleta, porque também somos viciados nela.