Está na moda, mas CBD e maconha não são a mesma coisa
Está na moda em muitas áreas, especialmente nos esportes, onde demonstrou ter efeitos positivos na recuperação. O óleo de CBD é uma substância derivada da cannabis com importante ação anti-inflamatória. No entanto, continua a ter uma certa má fama pela planta de que provém. Mas o CBD e a maconha são iguais? A resposta curta é não. Agora, a longa resposta.
CBD e maconha não são a mesma coisa
O CBD (ou, pelo seu nome completo, cannabidiol) é um dos muitos canabinóides que a planta do cânhamo possui. Não é um composto psicoativo (que é o THC) e também não causa dependência. Portanto, não é ilegal na Espanha. Ou, pelo menos, não para uso externo, na pele. No entanto, a sua comercialização como suplemento alimentar não é permitida, uma vez que ainda não foi aprovado como tal pela União Europeia.
Isso significa que podemos aplicá-lo na forma de óleos e cremes, que é a forma mais comum de comercialização (mas não na forma de comprimidos ou gotas). Como dissemos recentemente, a Agência Mundial Antidopagem aceita o CBD, que não está na lista de substâncias proibidas. Embora, lembre aos atletas que eles devem se certificar de que o produto também não contém THC, outra substância derivada da mesma planta que é considerada doping.
Precisamente, a maconha é uma droga derivada da cannabis que é rica em THC. E aí está a chave para tudo. A presença ou ausência de tetrahidrocanabinol é o que determina se o produto é potencialmente perigoso para a saúde ou não.
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Na verdade, na Espanha, a planta do cânhamo pode ser cultivada e comercializada (para fins industriais), desde que contenha menos de 0,2% de THC. Apenas acima desse limite seria considerado entorpecente. Seria, por exemplo, algo como a relação entre cerveja com álcool e levedura de cerveja. Nada a ver, mesmo que estejam conectadas.
E resulta que vários estudos científicos, como este, apoiam o papel positivo do óleo CBD como recuperador de atletas. Em particular, está bem documentado que tem propriedades anti-inflamatórias e analgésicas, e também pode ajudar a cicatrizar lesões ósseas mais precocemente, bem como melhorar o sono. Embora os próprios pesquisadores enfatizem que ainda há muitas evidências para poder afirmar esta última com segurança.
Antigas glórias, novos empreendedores
Um dos nomes mais populares do setor é um velho conhecido do ciclismo. O americano Floyd Landis, aquele gregário de luxo de Lance Armstrong que venceu a Óscar Pereiro o Tour de 2006 em condições mais que suspeitas, e que mais tarde foi despedido por doping.
Depois de ser um dos "arrependidos" que colocou as autoridades sobre a pista do caso do US Postal (Armstrong ainda o tem em sua lista negra), ele se estabeleceu no Colorado e fundou a Floyd's of Leadville, uma empresa que se dedica à venda desse tipo de produtos. De cremes, óleos e bálsamos que seriam legais em nosso país, a géis, drinks e… café com CBD!
Além disso, formou uma equipe de ciclismo bastante eclética, com especialistas em diversas modalidades, para a qual assinou recentemente o lendário Tinker Juárez, aos 60 anos. Ele também patrocina Peter Stetina, que foi o gregário de Alberto Contador na Trek-Segafredo, e que agora se dedica a Gravel.
Artigo escrito por Iván Fombella.