Campagnolo pode estar preparando um grupo sem fio
Campagnolo registra uma patente para um câmbio traseiro com alguns novos recursos interessantes, incluindo uma bateria que o tornaria seu primeiro grupo eletrônico sem fio.
Campagnolo sugere várias ideias para seu grupo Ekar
A corrida para inovar entre os três grandes fabricantes de grupos para bicicletas não para, como demonstrado na patente registrada pela Campagnolo há algumas semanas, mostrando um câmbio traseiro, que pode ser uma evolução de seu grupo específico para gravel Ekar.
O câmbio traseiro descrito na proposta de patente divulgada pelo portal britânico road.cc tem um design geral que lembra o atual Campagnolo Ekar. Nele, são descritos os diferentes elementos do mesmo, destacando-se o sistema de amortecimento do movimento do cage através de um engenhoso sistema de molas e pequenas placas que aplicam atrito quando o suporte do câmbio oscila para frente, mas permite o movimento livre em favor da mola a fim de manter a corrente esticada.
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No entanto, o que mais chamou a atenção não é esse novo sistema de amortecimento, mas os desenhos mostram o que claramente parece ser uma bateria fixada a sua parte posterior, apesar da patente não a mencionar como tal em nenhum momento. Isso só pode significar uma coisa: Campagnolo tem em mente um câmbio eletrônico sem fio.
Esta não é a primeira vez que se especula que a Campagnolo evolua seus grupos eletrônicos EPS, que atualmente mantêm um sistema totalmente cabeado que se alimenta por uma bateria central localizada dentro do quadro.
Em uma proposta de patente registrada em março de 2019, já era possível ver um design de câmbio traseiro com alojamento para uma bateria, da mesma forma que aparecia essa característica em outra patente, desta vez para um câmbio dianteiro, datada de janeiro de 2018.
Por outro lado, não parece um movimento estranho se observarmos como seus rivais diretos evoluíram. A SRAM optou pelo seu primeiro grupo eletrônico eTap por um funcionamento totalmente sem fios que tem demonstrado um funcionamento impecável nos anos em que está no mercado, tendo evoluído para os atuais grupos AXS, cada vez mais protagonistas no catálogo da empresa norte-americana.
Em relação à Shimano, a empresa japonesa lançou no ano passado a evolução de seus grupos Dura-Ace e Ultegra que, seguindo a tradicional cautela dos japoneses na hora de evoluir seus produtos, optou por um sistema misto em que ambos os câmbios permanecem cabeados entre si à bateria, mas é usada a transmissão sem fio entre manetes e mudadores.
Uma evolução lógica dos sistemas de câmbio, considerando a confiabilidade comprovada e, acima de tudo, os designs atuais das bicicletas, onde o cabeamento totalmente interno parece ter se tornado uma característica obrigatória.
Desta forma, é necessário apenas guiar pelo interior do guidão mesa e quadro as mangueiras do freio hidráulico, que, por enquanto, estão longe de considerar qualquer tipo de funcionamento sem cabos embora, quem sabe o que o futuro nos trará?