Caçada uma nova Trek Madone no Critérium du Dauphiné

No recente Critérium du Dauphiné vários ciclistas da Trek Segafredo puderam ser vistos com um novo modelo de Trek Madone que ainda não foi apresentado.

Revolução total na nova Trek-Madone

Assistindo a transmissão ao vivo, a maioria não percebeu, é difícil focar em bicicletas específicas no pelotão se os ciclistas que as montam não são protagonistas da etapa. No entanto, não passou despercebido ao portal francês Matos Vélo, presente na prova e que trouxe à luz o segredo mais bem guardado da Trek.

Embora o Tour de France costume ser nos últimos anos o local escolhido, aproveitando o impacto mediático do mais importante evento de ciclismo do mundo, para apresentar os seus novos modelos de competição, também é verdade que nenhuma equipe incorpora uma nova bicicleta sem ter testado antes, em treinamentos e competição.

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Como prelúdio do Tour, o Critérium du Dauphiné é também o palco onde as marcas dão os últimos retoques nas bicicletas que vão ver a luz no Tour, muitas vezes tentando passar despercebida. É o caso da nova Trek Madone utilizada durante a disputa da primeira etapa da prova por Tom Skukins, Tony Gallopin e Jasper Stuyven, que terminou em 6º no sprint que decidiu esta parcial.

Mudança total para a nova Trek Madone 2023

Madone é sinônimo para Trek de bicicleta mais avançada do seu catálogo desde os tempos em que batizaram seu modelo estrela dessa maneira em homenagem ao Col de la Madone, uma subida nas proximidades de Nice onde Lance Armstrong realizava seus testes. Um modelo que vem evoluindo de uma bicicleta puramente escaladora para mudar seu paradigma para se tornar uma avançada bicicleta com dotes aerodinâmicos.

O novo design do modelo emblemático da Trek não poderia ser mais radical e representa uma transformação total em comparação com as últimas gerações. A primeira coisa que chama a atenção é o tubo do selim dividido na parte superior, criando uma estrutura contínua desde o seat stay até o tubo superior. Este último tubo se estende para trás como um aerofólio atuando assim o espaço entre a parte inferior do tubo do selim, a divisão e a extensão do tubo superior como uma espécie de difusor de fluxo de ar como os encontrados nos carros de Fórmula 1.

Acima do tubo superior, o tubo recupera sua estrutura perfilada que abriga um mini canote de selim semelhante, à primeira vista, ao usado pelos modelos anteriores.

Na parte dianteira também se observam mudanças como o crescimento em largura e profundidade do tubo inferior, bem como o prolongamento da direção. Tudo isso com um único objetivo: levar as qualidades aerodinâmicas desta nova Madone a um novo nível.

Sem IsoSpeed

Uma das mudanças mais marcantes nesta bicicleta é a ausência do sistema de absorção IsoSpeed ??que a Trek mantinha em seu modelo mais aerodinâmico para suavizar a sensação de um modelo tão rígido quanto este. Aparentemente, esta nova Madone foi reforçado a nível do central, como parece delatar o aspecto massivo da área inferior e seu grosso chainstay.

Lembramos que o IsoSpeed ??consistia em isolar o tubo do selim do resto da bicicleta, ao qual era unido por uma pequena rótula de forma que este podia flexionar ao receber os impactos que vinham da roda traseira, acrescentando um certo ponto de amortecimento. Um sistema que era inclusive ajustável na última geração da Trek Madone, ao mover o braço da alavanca sob o tubo superior e colocar um pequeno dial que permitia ajustar o ponto onde se exercia a tal alavanca.

Não é irracional conjecturar, dada a colocação do mini canote de selim suspenso acima da pequena linha onde termina o tubo superior, que a Trek projetou o laminado de carbono desta seção da bicicleta de uma maneira que possibilite um certo nível de flexão.

De qualquer forma, teremos que esperar pela apresentação oficial que a Trek fará deste modelo, e que certamente não levará muitas semanas, para descobrir todos os detalhes que seguramente oculta esta nova maravilha construída pela empresa de Waterloo.