A UCI expulsa seis equipes por rejeitar seu novo dispositivo de rastreamento
A edição 2025 do Tour de Romandia Feminino começará sem seis de suas principais formações, incluindo Visma - Lease a Bike e Picnic PostNL, após uma disputa com a União Ciclista Internacional sobre a implementação obrigatória de um novo sistema de geolocalização em corrida.
Seis equipes expulsas do Tour de Romandia Feminino por se recusarem a instalar o novo sistema de rastreamento da UCI
A UCI havia anunciado no início de agosto um projeto piloto para introduzir este dispositivo, cujo objetivo é melhorar a segurança e a localização imediata de ciclistas em caso de acidente. A iniciativa nasceu em parte como resposta ao trágico falecimento da jovem suíça Muriel Furrer, de 18 anos, que em 2024 sofreu uma queda durante a prova júnior do Mundial em Zurique e permaneceu mais de uma hora sem ser localizada após se desviar para uma área florestal.
As equipes envolvidas, Lidl-Trek, Canyon SRAM, EF Education Oatly, AG Insurance Soudal, Visma Lease a Bike e Picnic PostNL, se recusaram a cumprir com a instalação obrigatória, alegando preocupações sobre a responsabilidade em caso de incidentes e defendendo os investimentos já realizados no sistema Velon, de funcionamento muito semelhante ao proposto pela UCI.
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Segundo várias fontes, as formações tentaram chegar a um acordo, propondo que o novo dispositivo fosse utilizado em todas as ciclistas e não apenas em uma representante de cada equipe, e que sua montagem fosse feita pelo pessoal da UCI em vez dos mecânicos das próprias equipes. A falta de entendimento levou finalmente à sua exclusão da corrida suíça.
A medida também afetará ciclistas destacadas do pelotão internacional, como as canadenses Isabella Holmgren (Lidl-Trek) e Magdeleine Vallières (EF Education-Oatly), além de Simone Boilard (Uno-X) e Olivia Baril (Movistar), que serão privadas de participar de um dos eventos mais importantes do calendário feminino.