A nova lei europeia poderia colocar em apuros algumas das eMTB mais populares dos últimos meses
As bicicletas elétricas estão começando a se tornar um problema, tanto pelo comportamento de alguns usuários quanto pela potência de algumas eMTB que as transforma praticamente em motos que deixam sua marca no terreno, além de colocar em perigo aqueles que transitam pelas estradas. Como costuma acontecer nesses casos, já começam a surgir rumores apontando para um endurecimento da lei europeia que regula as especificações das bicicletas com assistência elétrica ou EPAC
Europa poderia limitar a potência máxima dos motores de e-bike
Aos problemas que vêm dando má fama às bicicletas com assistência elétrica, como os incêndios de baterias ou a adulteração das mesmas que as fazem ultrapassar os 25 km/h estabelecidos pela normativa como máximo para a assistência do motor, agora se somam os gerados por motores de eMTB cada vez mais potentes que transformam essas bikes quase em motos de campo que danificam visivelmente o terreno, além de representar um risco importante para aqueles que transitam pela montanha.
Obviamente, o problema não são as bicicletas em si, mas sim o uso negligente que determinados usuários fazem dessas eMTB, da mesma forma que na cidade encontramos entregadores que modificam suas bikes para correr mais ou incorporam baterias não homologadas, ou aqueles que ignoram as regras de trânsito porque parece que com a bike vale tudo.
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Cientes do crescente problema, as autoridades europeias parecem já estar trabalhando para reformar a legislação que estabelece as características que as bicicletas com assistência elétrica devem cumprir, conforme relatado pelo conhecido site britânico Mountain Bike Rider.
De acordo com informações desse meio, a União Europeia estaria considerando limitar a potência máxima que os motores podem fornecer a 750 W, além de que a proporção máxima entre a potência fornecida pelo ciclista e a assistência do motor não poderá ser superior a 1:4, ou seja, isso acabaria com as bikes que contam apenas com um sensor de cadência que, ao detectar movimento nos pedais, ativa o motor ao máximo, além de obrigar o ciclista a contribuir mais para alcançar o máximo que o motor pode oferecer.
Isso limitaria alguns dos modelos de motor mais desejados nas eMTB atuais, como os DJI Avinox, capazes de fornecer até 1.000 W de potência máxima, que teriam que reduzir suas performances ou, pelo contrário, serem registrados como ciclomotores. A DJI explica que, caso a regulamentação seja endurecida "Estamos acompanhando de perto a regulamentação da UE e nos comprometemos a cumprir as diretrizes estabelecidas. Também nos comprometemos a fornecer suporte aos nossos usuários diante de qualquer mudança regulatória que possa afetar nossos produtos. Caso tais circunstâncias ocorram, garantiremos que nossos usuários tenham acesso aos recursos e orientações necessários para adaptar os produtos adquiridos".
Que essa mudança na regulamentação possa ocorrer em breve pode ser vislumbrado em casos como a 5ª geração do motor Bosch CX, cujo lançamento está previsto para este verão e que aumentará suas performances em termos de torque fornecido, subindo para 100 Nm, mas, por outro lado, sua potência máxima será, adivinhem?, 750 W.