Vingegaard um passo mais perto de vencer o Tour de France 2022

Autoestrada 19/07/22 19:38 Guilherme

O ciclista canadense da Israel-Premier Tech, Hugo Houle culmina a fuga de uma etapa em que não houve movimentos entre os favoritos.

Vinegaar mais amarelo. Bardet se despede do pódio.

Pura seleção natural no topo da classificação deste Tour de France 2022. A terceira semana cobra seu preço e, no final, cada um vai para o lugar onde a tirania da estrada os coloca. Sem necessidade de ataques e movimentos, apenas tendo que suportar um ritmo um pouco mais alto do que as pernas podem suportar.

Prova do cansaço com que os ciclistas chegam a este trecho final do Tour de France é que a fuga é feita quase sem querer. Um pouco de tensão nas encostas da parte inicial dos 178 km que levariam a caravana de Carcassonne a Foix pelo Ariège, terra dos cátaros.

Forma-se quase desde o início, um grande corte com nada menos que 29 corredores que rapidamente levam vantagem. Alguns tentam ligar na última hora, mas a estrada já deu a sentença e decidiu quem vai na frente e atrás neste dia. Destaca-se neste grupo a presença de Aleksandr Vlasov, numa tentativa de regressar a posições de honra na classificação geral.

Também colocou a Jumbo-Visma com Wout van Aert e Christophe Laporte. Brandon McNulty por parte da UAE Team Emirates e Daniel Felipe Martínez da INEOS Grenadiers.

Primeira metade da etapa tranquila em que o mais notável é ver Marc Soler no carro médico. Ficou completamente claro pelas imagens da televisão que ele estava sofrendo de problemas estomacais. A partir daí a provação o aguardava para tentar terminar dentro do controle com toda a dureza que restava pela frente, o que no final ele não conseguiria.

A parte interessante da etapa começa com a subida a Port de Lers, uma subida constante e desgastante, uma primeira categoria. Na fuga, começam a ocorrer movimentos para buscar a vitória na etapa com Woods, Caruso e Storer como protagonistas. No entanto, o movimento teve pouco sucesso, pois a descida provocaria o reagrupamento da maioria dos ciclistas.

O pelotão acelerou, já supomos que nada ia acontecer até que, em um movimento estranho, a Movistar Team arrancou com Mühlberger e Verona levando Enric Mas na roda.

Chegando ao trecho final, foi o próprio Pogacar quem tentou surpreender com alguns ataques que tiveram resposta rápida. Ainda assim, ele tentou novamente logo após a subida, mas um focado Vingegaard não lhe deixou espaço.

O que esse movimento revelou foi a fraqueza de Romain Bardet que, embora tenha conseguido se reintegrar durante a descida, onde o movimento da Movistar também foi neutralizado, voltaria a ceder na última subida do dia.

Uma subida final marcada pelos infernais 3 quilômetros de Péguère. Lá a fuga acabou sendo selecionada, com o canadense Hugo Houle avançando por pura força. Ele tiraria meio minuto de vantagem que nem o ciclista da Movistar Team, Matteo Jorgenson, nem seu companheiro de equipe Michael Woods conseguiriam neutralizar.

No pelotão, a subida começa com a Movistar Team puxando, apenas um brinde ao sol já que, ao sair da estrada Col de Port para enfrentar o temível muro, foi Rafal Majka quem agiu selecionando o grupo.

Bardet cedeu novamente. Num primeiro momento, Adam Yates e Geraint Thomas também cederam, mas pouco a pouco, em seu próprio ritmo, conseguiriam diminuir a diferença. Tudo parecia pronto para o ataque de Tadej Pogacar quando, de repente, a corrente de Rafal Majka quebrou, deixando-o completamente parado.

É o momento que Sepp Kuss aproveita para ir para a liderança e estabelecer um ritmo forte que mostra que o ritmo do polonês não era tão exigente quanto parecia. Agora você pode ver Pogacar e um enorme Nairo Quintana sofrendo com o ritmo que Vingegaard pediu ao seu último homem. Adam e Geraint perdem o gancho novamente. Yates cederia, mas Thomas, numa demonstração de honra, conseguiria manter-se a uma distância contida.

Sem movimentos, chegam ao topo onde Daniel Felipe Martínez resgata Geraint Thomas ajudando-o a fechar os metros que havia perdido. Por sua vez, Wout van Aert fez o mesmo e deu a Kuss um merecido descanso para levar seu líder com segurança até a linha de chegada em Foix.

Bardet, principal danificado do dia, cruzaria a linha de chegada 3 minutos e 36 segundos atrás do grupo da camisa amarela, caindo para 9º lugar geral enquanto Vlasov, que chegou a alcançar a quarta posição virtual, no final conseguiu um bom lucro com a fuga, colocando-se logo à frente do francês.

Classificação Etapa 16

  1. Hugo Houle (Israel-Premier Tech) 4h23’47’’
  2. Valentin Madouas (Groupama-FDJ) +1’10
  3. Michael Woods (Israel-Premier Tech) m.t.
  4. Matteo Jorgenson (Movistar Team) +1’12’’
  5. Michael Storer (Groupama-FDJ) +1’25’’
  6. Aleksandr Vlasov (Bora Hansgrohe) +1’40’’
  7. Dylan Teuns (Bahrain Victorious) m.t.
  8. Simon Geschke (Cofidis) +2’11’’
  9. Mathieu Burgaudeau (TotalEnergies) +5’04’’
  10. Damiano Caruso (Bahrain Victorious) m.t.

Classificação Geral

  1. Jonas Vingegaard (Jumbo-Visma) 64h28’09’’
  2. Tadej Pogacar (UAE Team Emirates) +2’22’’
  3. Geraint Thomas (INEOS Grenadiers) +2’43’’
  4. Nairo Quintana (Arkéa Samsic) +4’15’’
  5. David Gaudu (Groupama FDJ) +4’24’’
  6. Adam Yates (INEOS Grenadiers) +5’28’’
  7. Louis Meintjes (Intermarché-Wanty) +5’46’’
  8. Aleksandr Vlasov (Bora Hansgrohe) +6’18’’
  9. Romain Bardet (Team DSM) +6’37’’
  10. Thomas Pidcock (INEOS Grenadiers) +10’11’’

 

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