A UCI ainda não aprovou a contratação de Cian Uijtdebroeks e os rumores sobre sua saída do BORA estão aumentando
A contratação de Uijtdebroeks ainda está em aberto. A possível contratação do jovem corredor belga desencadeou uma batalha judicial entre o Bora-Hansgrohe e o Jumbo-Visma. A última novidade sobre o caso veio do presidente do PCC da UCI, Tom Van Damme, que declarou que o principal organismo do ciclismo continua estudando o caso e ainda não deu luz verde para a mudança de cores.
O departamento jurídico da UCI mantém a investigação aberta e a contratação ainda aguarda aprovação
Enquanto as equipes começam a se reunir nas primeiras concentrações de pré-temporada, o caso Uijtdebroeks ganha manchetes na mídia. A operação anunciada pelo Jumbo-Visma levanta suspeitas de vários atores do cenário ciclístico, especialmente do Bora-Hansgrohe, que perde uma pérola - com grandes chances de se tornar uma estrela - que eles acreditam ainda ter contrato com a equipe alemã.
Quase todos os envolvidos se pronunciaram logo após a notícia do Jumbo-Visma. Ao anúncio da equipe holandesa, juntou-se a ofensiva lançada pelo Bora-Hansgrohe, que defendeu que o contrato do ciclista também incluía a próxima temporada. Além disso, os representantes de Uijtdebroeks também emitiram um comunicado no qual afirmaram que "já foram iniciados procedimentos legais por parte de Cian e a UCI está ciente da rescisão do acordo".
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No entanto, a UCI não havia se pronunciado até agora. Nesse sentido, Tom Van Damme, presidente do Conselho de Ciclismo Profissional (CCP) - que desempenha um papel chave nas rescisões de contratos -, declarou ao Het Laatste Nieuws que o principal organismo do ciclismo ainda está estudando o caso.
"O caso ainda está sendo investigado pelo departamento jurídico da UCI", explicou Van Damme. O presidente do CCP acrescentou que "somente quando eles concluírem seu trabalho é que poderá ser apresentado para minha assinatura".
Uijtdebroeks se juntou na terça-feira ao Jumbo-Visma na concentração da equipe em Denia - embora o jovem belga estivesse vestido de preto -, enquanto o Bora-Hansgrohe realizava seu treinamento particular em Mallorca.
A decisão de Uijtdebroeks de se juntar à concentração do Jumbo-Visma pode trazer consequências se a contratação finalmente falhar e ele tiver que voltar para a equipe que até agora era sua. No entanto, o ambiente se tornou ainda mais tenso depois que foi sugerido no podcast In het Wiel que o ciclista já vivia com certa estranheza na equipe.
"Várias fontes dizem que Uijtdebroeks era uma espécie de estranho no Bora", declarou o jornalista This Zonneveld, que também falou que durante a Vuelta, membros da equipe fofocavam sobre ele através de um grupo de Whatsapp, o que fez com que Uijtdebroeks "não se sentisse nada à vontade naquela equipe".
Essas acusações provocaram a reação do diretor esportivo do Bora-Hansgrohe, Bernhard Eisel, que afirmou categoricamente que "posso negar isso 100%. Definitivamente não. Especialmente da minha parte, e da parte dos corredores".
Van Damme também enfrentou essas suspeitas de isolamento e mau ambiente em relação a Uijtdebroeks. "Se a história do bullying é verdadeira, é claro que é preocupante". Além disso, ele acrescentou que "esses fatos devem ser apresentados ao comitê disciplinar. Mas, Uijtdebroeks denunciou? Eu não sei".
As insinuações ainda não foram provadas, mas alimentam os possíveis motivos pelos quais Uijtdebroeks teria decidido fazer as malas. As dúvidas sobre a contratação continuam sem resposta enquanto o CCP continua com o estudo jurídico do caso.